Avançar para o conteúdo principal

Palavras soltas (07/10/2014 - Outono/Autumn)




As palavras soltas de hoje estão Outonais. Porque hoje o dia parece-se mais com um dia de Outono do que com um outro dia qualquer. Ainda há poucos dias era Verão. Pelo menos a temperatura era de Verão. O Outono está a tocar, levemente, os dias e as noites. E eu caminho por entre as folhas que se amontoam nos passeios. As folhas que outrora foram verdes. Verdes como nenhum outro verde algum dia conseguirá ser. E este frio. Este frio que me atravessa ao longo do meu caminho aquece-me o coração que trago agasalhado com um cachecol e um casaco mais grosso. E, à noite, observo a lua avermelhada que se revela por trás da serra como se fosse um mendigo de faces rosadas com medo de dar a cara. E o céu enche-se de estrelas saudosas tal como se fossem crianças de cara branca e sorriso nos lábios à espera de ver o mendigo que demora a aparecer. Bem, mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis



Today my words are Autumnal. Because today the day looks more like a Autumn day than any other day. A few days ago it was summer. At least the temperature was temperature of summer days. Autumn is lightly touching the days and the nights. And I walk through the leaves that pile up on the sidewalks . The leaves that were once green. Green like no other green ever be able to be. And this cold... This cold that runs through me along my path and that warms my heart that I bring bundled up with a scarf and a thicker coat. And at night, I watch the moon turns red behind the hills like a rosy-cheeked beggar afraid to show his face. And the sky is filled of wistful stars like they were children with white face and smile on their lips waiting to see the beggar that is late to appear. Well, but this is already anther  kind of words. Ana Reis

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A Velha que vivia num sapato (Versão portuguesa (portuguese version))

Era uma vez... (ou podiam ser duas ou três) Uma velha que vivia dentro de um sapato. Mas não era um sapato qualquer! Era uma bota com alguns remendos a descoser. A morada dela era como que encantada e bela. Nas cartas que costumava escrever podia ler-se: Rua Sapato-bota, número quarenta e meio, Uma velha ao vosso serviço sem medo do alheio. Quando a primavera se lembrava de aparecer todos paravam para ver O jardim maravilhoso que aquela bota tinha. Tinha árvores e flores sem fim, E cheiros maravilhosos que se espalhavam por todo o jardim! O portão era pequeno e engraçado e estava um pouco enferrujado. O seu ferro foi envelhecendo com o passar do tempo. E sempre que o abriam era possível saber Quem lá entrava pelo barulho que ele costumava fazer. E o seu telhado era um pouco inclinado. As suas paredes já estavam um pouco gastas do tempo. E a porta estava sempre aberta para quem quisesse lá entrar. E muitos eram os que queriam a velha visitar! No seu...

Palavras Soltas (01/04/2014 Dinâmica de grupo: O Abrigo Subterrâneo)

As palavras soltas de hoje vão falar de memórias. Hoje estive a arrumar o meu sótão, em todos os sentidos, e consegui encontrar as coisas mais maravilhosas por lá perdidas e, algumas, esquecidas. Vou tentar partilhar convosco algumas delas ao longo do tempo, pelo menos as mais relevantes e, de certa forma, engraçadas. A memória de hoje vai para o meu último ano de Licenciatura. Tinha uma disciplina com o nome Dinâmica de Grupos que era bastante interessante por interagíamos muito uns com os outros e tentávamos funcionar como um grupo. Acho que foi um bom trabalho para aprendermos a trabalhar em equipa. Se bem que na prática as coisas não são tal e qual a teoria. Um dos desafios que nos foram lançados ao longo do semestre foi a dinâmica: O Abrigo Subterrâneo. E vou lançar-vos o desafio também. "Imaginem que uma cidade no mundo está sob ameaça de ser bombardeada. Aproxima-se um homem de nós e solicita-nos que tomemos uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode...

Regressos / Returns

  As palavras soltas de hoje falam sobre regressos. Já há muito tempo que não as escrevo. E tanto tempo há que vocês não as leem. Por isso, hoje, resolvi escrevê-las. Estas pequenas palavras. Livres. Soltas. Tal como sempre vos habituei. E regressar traz sempre um sentimento agridoce. Tanto de excitação como de medo. As palavras soltas têm destas coisas. Sempre que escrevo deixo que seja o meu cérebro a comandar as minhas palavras. Ou serão as minhas palavras que controlam o cérebro?! Lidar com os pensamento enquanto escrevo é obrigatório. Não tenho escapatória possível. E, assim, regresso. Regresso ao meu mundo. Aquele mundo onde escrevo e desenho. Alio duas áreas da criatividade que sempre amei. E não me importo de viver aqui. Neste meu mundo de criatividade. Sinto-me abraçada sempre que o faço. Escrever. Desenhar. E regressar. Bem-vindas queridas palavras soltas! Que este seja um regresso para ficar. Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Today's words will talk about ret...