Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2017

Palavras soltas (Maria/Maria)

https://www.youtube.com/watch?v=GpBFOJ3R0M4 As palavras soltas de hoje falam sobre a Maria. Hoje senti, pela primeira vez, a Maria. Não é a minha Maria mas é a Maria de uma pessoa amiga. Olhei a barriga, agora enorme, e vi que era evidente uma saliência no canto direito. A medo, toquei-lhe. E a saliência desapareceu. Apareceu outra mais à frente. Toquei-lhe, mais uma vez. Voltou a desaparecer. Acho que a Maria estava a brincar comigo. Perguntei à mãe se era mesmo a Maria que se estava a mexer e ela confirmou. Estavas mesmo a brincar comigo Maria. Ainda não te conheço e já gosto tanto de ti. Quando nasceres vais poder conhecer-me pessoalmente. Espero que gostes de mim. Vamos ter conversas de mulher para bebé. E, quando cresceres, vamos ter conversas de mulher para menina. Um dia, vamos ter conversas de amiga para amiga. E, quando me conheceres melhor, vais sentar-te no meu colo, Maria, e a tua mãe vai sorrir. E, sempre que ela te chamar a atenção, ouve-a. Ela vai ser a tua melhor

Palavras soltas (Flamingos/Flamingos)

https://www.youtube.com/watch?v=awMQlSqI564 As palavras soltas de hoje falam sobre flamingos. Os flamingos sempre foram aves que me fascinaram. Flamingo = Phoenicopterus roseus . Os flamingos são aves pernaltas e, facilmente, me fazem rir. Dou gargalhadas mentais sempre que vejo um animal daquele porte suspenso numa só pata. Como é possível?! Eles são, certamente, muito mais fortes do que o Hércules. Ou, então, vão muitas vezes ao ginásio. Claro que a opção do ginásio é muito mais viável e credível. Os flamingos sempre foram aves que me fascinaram. O seu bico é curvo. O seu bico é tão curvo que parece uma garra. Mas os flamingos não comem carne. Os flamingos alimentam-se de algas e pequenos crustáceos. Gosto do preto misturado no rosa do seu bico. Os flamingos sempre me fascinaram. Não sei se foi por ler livros sobre animais. Não sei se foram os livros de histórias que a minha mãe me lia. Já não me recordo. Mas eu sempre tive um grande fascínio por flamingos. Os flamingos podem

Palavras soltas (Flying/Voar)

https://www.youtube.com/watch?v=7kZ46Lz8rug As palavras soltas de hoje falam sobre voar. Porque deixas que me afaste de ti? Porque me deixas voar para tão longe? Não vás embora. Há amores contra os quais não se consegue lutar. Tudo conspira a seu favor. Até a rotação da Terra faz com que nos cruzemos. E já não nos cruzamos como outrora. Penso em ti. Penso em ti sempre no momento errado. Penso em ti quando acordo assustada de madrugada. Foi mais um pesadelo. Fala para mim. Diz-me que não são coisas da minha cabeça. Não deixes que a minha cabeça enlouqueça. Não deixes que eu pense que são coisas da minha cabeça se não o são. E basta dizeres o que tu sentes também. Bato as asas. E são muitas as vezes que me deixas voar. Sabes que ando com a cabeça assente no chão para contar todos os meus passos. Sonho os teus e os meus sonhos. A vida é sorte. Aproveita-a. Deixa-me voar mas não me deixes voar demasiado alto. Tenho vertigens. Tenho medo. Tenho medo que não me consigas alcançar.

Palavras soltas (Heaven/Céu)

https://www.youtube.com/watch?v=9P4kjROkn8I As palavras soltas de hoje falam sobre o céu. Perdi meus castelos que fui construindo no ar. Aqueles castelos com que lutei sempre em minha defesa. Perdi-os. Perdi-os como se fossem névoa distante que se vai esfumando. Usei catapultas e canhões. Agarrei os meus melhores métodos de luta que fui aprendendo com a vida. Quis defendê-los. Sim, eu quis defendê-los. Parti todos os arcos e flechas. Esgotei todas as balas de canhão. Perdi todos os meus barcos de guerra que se afundaram no imenso oceano azul. Perdi os meus cavalos mortos a tiro por canhões distantes. Sinto um vazio. Olho o céu. E é no céu que existe um céu para quem chora. Um céu com baús onde se guardam todas as tristezas e desamores. Um céu para as pessoas que sofrem tanto... Um céu onde correm rios de pranto. Um céu onde correm rios de todos os prantos chorados. Um céu onde todos os males findam. E, lá, irei renascer. Talvez um dia. Quiçá. Irei renascer já que parece ter nasc

Palavras soltas (Space/Espaço)

https://www.youtube.com/watch?v=Zmal84YupgM As palavras soltas de hoje falam sobre o espaço. Um dia vou repousar a minha cabeça no teu colo e ouvir-te falar sobre o espaço. Vais dizer-me porque brilham as estrelas e o que são as estrelas cadentes. Vais falar-me dos planetas e contar-me a história de cada um deles. De janela aberta irás mostrar-me todas as constelações e contar pelos dedos das nossas mãos todas as estrelas do céu. E serão precisos os meus e os teus dedos da mão. E, neste abraço quase perfeito, olhamos o céu estrelado. Contas-me os segredos que a lua esconde. E eu acredito em todos eles. Não importa se os inventaste só para prender a minha atenção. O mais importante é poder ouvir-te. O mais importante é ter, por momentos, a tua atenção. Apontas para o céu com o teu dedo indicador. É uma estrela cadente. Um dia, vou repousar a minha cabeça no teu colo e jura que vais dizer-me para onde vão as estrelas cadentes. E as tuas palavras matam cada linha que li nos livros d

Palavras soltas (Small People (II Part)/ Gente pequena (Parte 2)

https://www.youtube.com/watch?v=4OjiOn5s8s8 As palavras soltas de hoje voltam a falar de gente pequena. E eu gosto de gente pequena. Porque pintam e desenham sem usarem lápis ou caneta. Pintam e desenham com os dedos num vidro turbo da sua respiração. Gosto de gente pequena porque largam gargalhadas quando menos esperamos e nos fazem sorrir. Gente pequena. Gosto de gente pequena porque dão abraços que abraçam o coração. Gente pequena que me agarra a mão sempre que precisam de sentir segurança. Gosto de gente pequena porque os seus beijos, sejam repenicados ou molhados, nunca descolam da nossa face. Gente pequena com sorrisos gigantes, independentemente de terem ou não a dentição completa. Gosto de gente pequena que inventa palavras novas. Palavras novas que ganham vida nas suas pequenas bocas. Gosto de gente pequena que atira beijos com a mão. E são beijos que atingem longas distâncias e atravessam qualquer barreira geográfica ou física. E fazem crescer sorrisos e calor no coraç

Palavras soltas (Small People/Gente Pequena)

  https://www.youtube.com/watch?v=pWn7PYm-W90 As palavras soltas de hoje falam sobre gente pequena. E eu adoro gente pequena. Gente pequena com coração grande. Adoro gente pequena porque têm sempre sonhos e pensamentos grandes. Gente pequena com duas mãos cheias de sonhos e de poemas sobre a vida que é, ainda, muito pequenina. Eu e a gente pequena costumamos entendermo-nos demasiado bem. As bolas de sabão saem da sua palhinha. São claras e passageiras. Não lhes chamo inúteis porque fazem todas as crianças sorrir. E nós, adultos, também sorrimos ao ver uma bola de sabão voar. Tal como as crianças, as bolas de sabão são aquilo que são. Redondinhas. E ninguém, nem mesmo a criança que as soprou, pretende que elas sejam mais do que aquilo que são. Algumas perdem-se nas nuvens. Adoro gente pequena porque cantam canções de embalar para o meu coração. Pintam arco-íris por cima de tornados. Desenham flores por cima de monstros e florestas assombradas. Constroem cabanas que resistem ao A

Palavras soltas (Sea/Mar) (and a glass of red wine/e um copo de vinho tinto)

https://www.youtube.com/watch?v=3IEMnWhT_7c As palavras soltas de hoje falam sobre o mar. E conto-te o amor ardente e as ilhas que habitam, tão só e somente, no verbo amar. E o mar traz mistérios. Esconde mistérios nas suas águas e nas suas maravilhas. Nas maravilhas do verbo navegar. Brindemos com um copo de vinho tinto! Mais um e conto-te como dói. Desembarcamos nas ilhas misteriosas. E dói. Falo-te sobre o verbo amar. Conto-te sobre o amor ardente e sobre as coisas perigosas. O amor é feito de suspiros. Puro. É fogo que nos ameaça. Um mar de lágrimas. Terna loucura. Amargo na boca. Doçura requintada. O amor é capaz de imprimir novos rumos ao barco agitado que foi a minha vida. Desancorei a âncora e disse adeus. Um adeus sem lágrimas. Estou de partida. Deixo para trás portos perdidos. Quero viver. Viver diferente. Ou não fosse eu quem dita a minha sorte. Parto. E outros olhares me fazem sorrir. Lições tristes que aprendi, levo-as comigo. A felicidade mora nas ondas da praia. N

Palavras soltas (Unconditional love/Amor incondicional)

https://www.youtube.com/watch?v=gmmKzEKYvdM As palavras soltas de hoje falam sobre o amor incondicional. Não sei porque morrem as mães. Mães não morrem porque o seu amor é infinito. O amor de mãe é luz que não apaga e é tempo sem horas. O amor de mãe é puro como a água da nascente. Morrer acontece. Mas o amor de mãe é eternidade. Conheço a tua força, mãe. Sei de cor as tuas fragilidades. És coragem. E coragem é em ti um talento inato. Estamos sempre de mãos dadas, mãe. Sabes que estou contigo todos os dias. Sabes que estou contigo nos teus sonhos. Estou contigo na tua simplicidade e na forma generosa como tratas toda a gente. Olho nos teus olhos e consigo ver a menina que, ainda, mora em ti. Aquela menina de cabelos loiros aos caracóis que sorria em todas as fotografias. E ficas tão bonita em todas as fotografias! Vejo nos teus olhos a mulher que sempre trabalhou. Que sempre arregaçou as mangas e agarrou tudo com a mesma força e vontade fosse de noite ou de dia. E, na tua pele u

Palavras soltas (Thunderstorms/Trovoadas)

https://www.youtube.com/watch?v=4AqjqOqNrjw&list=RDg47HSVt_ykc&index=14 As palavras soltas de hoje falam sobre trovoadas. Esta tarde trovejou. Caiu do céu. Desceu as suas encostas como uma avalanche. Como se sacode as migalhas de uma toalha e as migalhas caem todas juntas. Fazem algum barulho ao caírem. E choveu. E enegreceu os caminhos. A cada relâmpago um sacudir. Um abanar do ar e do espaço envolvente. Tal como se agita um iogurte antes de abrir. Não agitam?! Eu agito. E, embrulhada na minha manta, senti-me caseira. Senti-me familiar. Senti calor no coração. Faltou um abraço teu. Faltou um abraço teu, um beijo na testa e as palavras: "Vai ficar tudo bem!". Contigo tudo fica bem. Não há relâmpagos que me assustem. Não há chuva que me desanime. Mas não havia abraço. Nem beijo. E, muito menos, palavras. Aqueço o meu coração com pensamentos. Com as minhas palavras. Abraço-me. E digo a mim mesma: "Vai ficar tudo bem!" E ficou. Bem, mas estas já são o

Palavras soltas (Bridges/Pontes)

https://www.youtube.com/watch?v=g47HSVt_ykc&list=RDEM2AqExObBtamEAU_PDACo6A As palavras soltas de hoje falam sobre pontes. As pontes servem de ligação. Ligam pontos opostos. Unem locais que se afastam. Aproximam pessoas que não se vêem. Rompem casulos. As pontes ficam suspensas no ar. Algumas. Fica a ponte no espaço. Num espaço feito de ar e de nada. À espera que alguém lá passe. E se ninguém lá passar pára-se a construção. E fica, assim, a ponte, à chuva, ao sol, ... Amanhã, quando acordar e mais um dia me for dado, um outro pilar será cravado no fundo do mar, tornando mais breve a distância que nos distancia. Sobre o vazio do mar. Não me perguntem o porquê da minha teimosia de atrever-me a atravessar esta ponte. Vejo por fim o seu final. Nenhuma estrela caiu. Nenhuma lua me ajudou. Vejo o nascer do sol, tímido, a iluminar a ponte. Não tenho pressa. Ter pressa implica andar mais do que o que as nossas próprias pernas podem. Ou andar mais depressa do que a minha sombra. Po

Palavras soltas (The road/ O Caminho)

https://www.youtube.com/watch?v=0OfyQtaVpHA As palavras soltas de hoje falam sobre o caminho. E podemos seguir pelo caminho mais longo. Podemos seguir pelo caminho mais longo se formos de mãos dadas. Vamos por aquele caminho forrado por pequenos tijolos amarelos. Desculpa, dourados! Aquele caminho onde as sombras não sabem onde moram. Os pássaros adormecidos do sol quente cantam o silêncio que se esconde quando as folhas secas rugem. Podemos seguir pelo caminho mais longo se formos de mãos dadas. E do nosso lado direito, junto ao muro caiado, aquele que vai desenhando as cuvas e contracurvas da estrada, vemos as árvores que dão fruto. Árvores transparentes, com folhas transparentes e frutos transparentes. E os seus ramos não dão sombra nenhuma. Umas vezes conduzes-me. Outras vezes sou eu quem te conduzo. Conduzimo-nos até junto daquela muralha em ruínas. Passamos no meio de todas aquelas ruas e vielas. As casas, direitas e brancas, mostram um pouco do que foi, em tempos, aquele