Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de 2014

Palavras soltas (27/12/2014 - Amor próprio/ Love yourself)

https://www.youtube.com/watch?v=crrOl0egI00 As palavras soltas de hoje não podiam deixar de escrever mais uma vez antes da entrada do novo ano. Preparem-se para o novo ano. Maquilhem-se. Arranjem as unhas. Estiquem o cabelo. Corram mais um quilómetro por dia de forma a terem o peso que mais desejam. E tudo isto para quê? Para que gostem de vocês? Para que sejam aceites? Descubram o vosso lado mais sexy e deixem a vergonha de lado. Atirem-na para bem longe! É isto que toda a gente quer: que todos gostem de nós? Viajem para o local mais requintado e caro do mundo. Preparem-se e vistam-se a rigor. Vistam-se de valores que jamais pensaram algum dia vir a ter. Perfumem-se com aromas de sentimentos que jamais sentiram. Decorem-se com as jóias raras da educação. Viajem para o lugar mais requintado do mundo onde estão todos os amigos e familiares que tanto nos querem bem. Sejam mais do que aquilo que acham que são. Sejam pessoas melhores. E só assim serão respeitados e serão felizes e

Palavras soltas (13/12/2014 - Estranhas/Strange)

https://www.youtube.com/watch?v=NEbu64Ej270 As palavras soltas de hoje sentem-se estranhas. É um misto de alegria e felicidade com tristeza e desilusão. Sim. É mais simples do que aquilo que parece. Existem dias que se perdem na imensidão das suas vinte e quatro horas. Outros há em que perdemos, simplesmente, a conta às horas. Porque as horas têm sessenta minutos mas nem sempre os seus sessenta minutos são três mil e seiscentos segundos. A culpa é, indiscutivelmente, nossa. A forma como organizámos o tempo. A forma como o desperdiçamos, A forma como achamos que temos sempre o mesmo tempo quando, na verdade, não é bem assim. O tempo é, por vezes, escasso. Às vezes, incerto. Tem dias em que é tempo. Tem outros em que nem se sabe o que ele é. Mas é, sempre, certo. O tempo existe seja ele como nós queremos ou não. É dono dele próprio e não obedece a mais ninguém. Não obedece a ninguém. Porque o tempo é de toda gente e não é de ninguém. Bem, mas isto já são outras palavras soltas.

Palavras soltas (12/12/2014 - Ausência/ Absence)

https://www.youtube.com/watch?v=s0Ric8-4U5M As palavras soltas de hoje voltaram após alguma ausência. E existem ausências que são mais sentidas do que vividas. Existem ausências que doem mais do que magoam. Existem ausências que nos fazem recordar e outras que nos fazem lembrar. Lembrar que as devemos esquecer. E o meu coração aquece todo o meu ser ao ser aconchegado pelas asas de anjos caídos. Os quais a cada esvoaçar vão espalhando pelo mundo as penas que iluminam, com a sua brancura imaculada, os meus dias. Por todo o lado vejo penas. Colho-as. E abraço-as. Sinto-as. Respiro o ar que me invade os pulmões, enchendo-os completamente. Respiro. E o medo de não ter nada desaparece. E o medo de estar sozinha desaparece. A dor de outrora já não é mais dor. Já nem sei o que isso é. Já nem tenho a certeza de onde me doía. A ferida cicatrizou. A ferida sarou, curou, desapareceu, foi-se. E o esforço que faço para que passem a entender-me deixo-o de lado. Foi em vão. Quem gosta de mim

Palavras soltas (01/12/2014 -Penas/ Feathers)

https://www.youtube.com/watch?v=hQwLltUNcEM As palavras soltas de hoje sentem-se pressionadas. E não é nada fácil livrar-me desta maldita pressão. Não é fácil e o peso que recai sobre os meus ombros é o equivalente a uma tonelada de penas. E, para complicar, a esta pressão anormal junta-se a pressão atmosférica que me faz ficar corcunda. Que me faz perder altura. Que me conduz a uma pequenez já habitual. Trazendo, consigo, o meu envelhecimento precoce ou, então, não. E para livrar-me do peso da pressão atmosférica contrario-a. Insisto em contrariá-la para que ela se canse e desista de exercer qualquer tipo de força  sobre mim. Vou rodear-me de pilares de aço e betão para que todas as penas e atmosferas fiquem suspensas. Para que não me toquem. Para que não deformem ou transformem o meu ser em algo que ele lentamente e naturalmente será. Bem mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis https://www.youtube.com/watch?v=hQwLltUNcEM Today my words feel the pressure o

Palavras soltas (27/11/2014 - Primavera /Spring)

https://www.youtube.com/watch?v=l-dYNttdgl0 As palavras soltas de hoje sentem-se nem menos nem mais. Sentem-se habituais. Por vezes assombram a minha mente diferentes pensamentos. Uns que me aquecem o coração e outros que o destroçam por completo. Os pensamentos têm esse poder. Têm o poder de fazer florescer o mais belo jardim. Têm o poder de provocar a maior tempestade de todos os tempos. E que faço eu aos pensamentos? Deixo-os. Tem dias em que deixo-os fluir por masoquismo. Tem outros em que os deixo fluir porque me fazem sonhar. Muitas vezes os pensamentos brotam na minha mente como se fossem águas cristalinas a verter de uma nascente no espaço mais recôndito e esquecido pelo mundo. Como parar uma nascente de jorrar água? Eu não quero deixar de ter pensamentos. Eu não quero controlá-los. Eu quero poder sentir a diferença entre um pensamento bom e um menos bom. Aliás, é nos dias em que tudo parece ser perfeito que nos apetece beliscar-nos só para sentirmos a dor e termos

Palavras soltas ( 26/11/2014 - Ocasião/ Occasion)

https://www.youtube.com/watch?v=2xzwRUD19aY As palavras soltas de hoje estão pouco faladoras. Ainda estão um pouco atordoadas. Acontece. Acontece a todos e a qualquer um, na verdade. Sejamos verdadeiros e focados. As ruas enchem-se de pessoas todos os dias. Uns para a sua conversa matinal, outros para atear ou reatar namoricos, outros para cumprir os seus objetivos diários e outros, simplesmente, porque sim. Porque lhes apetece. Porque lhes é inato. Porque está na natureza do seu ser. E são. Normalmente, são leais para consigo e falsos para os demais. Ou, então, não. Então são meros servos da lealdade que devem sem saber bem a quem. Apenas devem-na. Incutiram-lhes isso no chip referente à informação pré-concebida. Estamos numa fase importante da história. É importante aprender ou reaprender as lições tão necessárias de como ser honrado ou justo ou virtuoso. Reaprender os valores que todos acham ter de sobra. E na ocasião certa saber aplicar toda uma panóplia de virtudes. E é

Palavras soltas (25/11/2014 - Sentidos/ Senses)

https://www.youtube.com/watch?v=Ui_m8tN3dFQ&list=RDUi_m8tN3dFQ&index=1 As palavras soltas de hoje têm os sentidos bem apurados. Existem estradas, ruas, caminhos, encruzilhadas, que mais parecem uma paisagem de primavera, verão, outono, inverno e de outras estações mais que possam existir. E algumas não parecem nada. Apenas o são. Vagueio no meio do seu curso, percurso com poucas a nenhumas pegadas. Vejo sem ver e cheiro sem cheirar. Ouço. Ouço mas não sei bem o que estou a ouvir. São novas línguas de diferentes idiomas. Formas de expressão nunca antes vistas, ouvidas, contadas, faladas ... São mudos, sonoros. São gritos. São choros. São tudo e nada ao mesmo tempo. Visíveis e invisíveis. Apenas tento ouvir o que não é audível ou perceptível. Imperceptível, isso sim. Quero ouvir-te. Quero entender as palavras que dizes sem falar, ó vento! Mas o ruído do silêncio que nos abraça é maior e não me deixa ouvir-te. E não te ouço. Não te ouço mas escuto-te. Escuto porque os me

Palavras soltas (20/11/2014 - Silhueta/Silhouette)

https://www.youtube.com/watch?v=jaCCYL7TXLY As palavras soltas de hoje estão madrugadoras. Sento-me no alpendre e observo o pedaço de mundo com que fui presenteada, logo pela manhã. E é de manhã que eu costumo abrir os meus olhos e pensar que tu acordaste a pensar em mim. Que hoje foi o dia em que tu sonhaste comigo. Estranha ilusão que gosto de guardar no meu coração. E conservo-a. Conservo-a mesmo que toda a ciência me destrua os meus pensamentos sobre ti. Quando o sol toca a minha pele, sinto-me a pessoa mais sortuda do mundo e gosto de pensar que ele também te está a tocar neste momento e que, enquanto isso acontece, estás a pensar em mim. E não me incomoda gastar parte do meu tempo a pensar em ti. E vou mantendo estes meus pensamentos sobre ti sem nunca os apagar. Contra todos os factos e argumentos que a ciência médica me apresenta. Telepatia. Adoro o efeito que causas nos meus olhos de cada vez que te vejo. E só eu sei o que significam para mim as tuas palavras, o teu sor

Palavras soltas (19/11/2014 - Cicatrizes/ Scars)

https://www.youtube.com/watch?v=BJzdhQlP25Y     As palavras soltas de hoje sentem-se esqueléticas. Os ossos das minhas pernas partidas cicatrizam-se. A lesão desaparece mas a cicatriz e a dor ficam. Algumas dores são eternas. Gosto da inconsciência natural dos loucos. Gosto do seu andar inconscientemente louco. E que importa se também eu sou louca. Não vivêssemos nós num manicómio mundial rodeados por grades feitas de estereótipos e de outras coisas mais criados por aqueles que se julgam normais. E o que é normal? Normal é matar quem não nos faz mal? Normal é acusar quem é inocente? Normal é deixar livre de qualquer pena os criminosos? Normal é roubar? Normal é passar fome? Digam-me o que é normal para poder entender e aceitar que existem pessoas normais. A minha loucura não é de psicopata ou de assassino em série. A minha loucura parte de dentro. A minha loucura vem do meu interior. A minha loucura nasceu comigo e há-de morrer comigo. É inata e imortal. Quando morrer vou d

Palavras soltas (19/11/2014 - Sonhadoras/Dreamers)

https://www.youtube.com/watch?v=uad0gZN8KXs As palavras soltas de hoje estão sonhadoras. Conheço um lugar onde o céu raramente não é azul. As nuvens encostam-se, ao longo da sua encosta, e ficam por lá a repousar. Conheço um lugar onde o sol consegue tocar o céu com cada raio seu. É um lugar inalcançável, inatingível. É um lugar no qual eu ficava, de noite e de dia, sentada a olhar o mundo. Esse lugar jamais foi visitado. Esse lugar jamais foi descoberto ou encontrado. Esse lugar é um lugar jamais visto ou, sequer, imaginado. E é um lugar só meu. Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Ana Reis https://www.youtube.com/watch?v=uad0gZN8KXs Today my words are dreamers . I know a place where the sky is always blue . The clouds abut along its slope and take a rest. I know a place where the sun can touch the sky with each ray . It is an unreachable , unattainable place. It is a place where I would like to stand , night and day ,   sitting an

Palavras soltas (19/11/2014 - Sombras/Shadows)

https://www.youtube.com/watch?v=sB-CDQZw2NU As palavras soltas de hoje sentem-se iguais a tantas outras vezes que tentaram ser diferentes mas conservando sempre a sua própria identidade. Existem dias que não são iguais a tantos outros. Tal como eu. Eu nem sempre sou igual ao que fui ontem. Inconstante? Talvez porque vivem em mim várias personalidades. Talvez eu seja feita de pessoas. E sou. E a minha inconstância é só um pouco inconstante. É uma mudança pouco notória, quase imperceptível. A paisagem é a mesma. Estas quatro paredes que me envolvem são as mesmas. Apenas a noite muda o que me rodeia. Até mesmo as pessoas. As formas mantêm-se apenas tornam-se sombras no meio da penumbra . Bem, mas isto são outras palavras soltas. Ana Reis       https://www.youtube.com/watch?v=sB-CDQZw2NU Today my words feel the same as they feel in so many times that they tried to be different but always retaining their own identity . There are days that aren't like others

Palavras soltas (17/11/2014 - Citadina/ City girl)

https://www.youtube.com/watch?v=b6NGJfIoTGI As palavras soltas de hoje estão citadinas. Na rua as estradas formam filas de espera para serem rasgadas a todo o gás por aqueles que nunca as cruzaram. As pessoas olham-se sem se verem e atravessam-se nos caminhos umas das outras como se fosse, sempre, a primeira vez. As crianças parecem formigas a caminho do formigueiro com as suas mochilas às costas carregadas de sonhos e de brincadeiras novas para jogarem nos intervalos. O padeiro traz o seu carro a rebentar pelas costuras de tanto pão que quer vender, como se fosse coisa fácil fazê-lo nos tempos que correm. Os lojistas começam a pôr em prática as novas técnicas de marketing para a época natalícia que se avizinha. Os mais velhos encostam-se junto ao café para contar e escutar novas histórias como se todos os dias houvesse uma novidade. Nos cafés é uma azafama para servir pequeno-almoços, almoços, lanches e cafés. E as pessoas amontoam-se junto dos balcões de atendimento dos ba