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A mostrar mensagens de janeiro, 2016

Palavras soltas (20/01/2016 - Velhice/Old age)

https://www.youtube.com/watch?v=mRFYdtC5IuE As palavras soltas de hoje correm as páginas da vida. Não as da vida já vivida, mas as da vida por viver. E continuam a correr. Porque o tempo também corre. Correcção: o tempo voa ! E as minhas palavras já são voadoras por elas próprias. Nunca lhes foi preciso ensinar a voar. Elas, simplesmente, já nasceram a sabê-lo. Quando eu envelhecer e todo o meu ser se tornar velho e triste e o alvorecer já não despertar o mesmo sorriso da minha boca, espero ter-te do meu lado. E os meus olhos que já teimam em fechar-se sozinhos dão-me sinais do meu natural murchar jamais deixarão de olhar-te. Têm sede de te ver. A velhice vem sem anunciar. Surge sem avisar. Vai dando sinais. Uns melhores, outros piores. Vai dando sinais. E tão velhos ficamos como árvores no outono. Já não precisamos dos olhos bem abertos porque já sabemos de cor a vida. E isso nem sempre é mau. Os ouvidos podem não ser os mesmos. Mas os sons já estão mais do que entranhados na

Palavras soltas (07/01/2016 - Observadores de pássaros/ Bird watchers)

https://www.youtube.com/watch?v=WJTXDCh2YiA As palavras soltas de hoje querem, apenas, falar. E é a primeira vez que falam este ano. Os ventos mudam. Tal como o tempo. E as horas que passam sem nunca perguntarem se podem fazê-lo. São independentes. Fazem-no porque querem. As boas pessoas vão acabar. Vão ser colocadas em lugares mais úteis. Vão para observadores de pássaros. Enquanto houver pássaros elas terão um lugar onde ficar. E quando os pássaros deixarem de existir? Não sei. Serão colocadas em lugares mais úteis?  Enquanto houver lugares que sejam úteis. Mas as boas pessoas não se importam. Não lamentam. Não se queixam. As boas pessoas vão e fazem. Fazem o melhor que podem ou conseguem. Fazem e não deixam nada por fazer. Não deixam nada para os outros fazerem. Porque as boas pessoas não têm medo. E, se o têm, guardam-no para mais tarde pensarem nele. No medo. Rasgam-se todas as folhas de papel. E as folhas das árvores que teimosamente ainda teimam em cair. Reduzi-las a p