Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2017

Palavras soltas (Whales's song/O Canto das Baleias)

https://www.youtube.com/watch?v=8WXZJP7yNoI As palavras soltas de hoje falam sobre o canto das baleias. Gostava de conseguir perceber o canto das baleias. Gostava de perceber para saber se é realmente tão belo quanto parece. Existem cantos que são igualmente belos mas difíceis de perceber. Por isso senta-te a meu lado no meu barco de madeira. Remaremos juntos até onde as baleias cantam. Abraço-te como se tivesse medo de cair à água. (não é que eu tenha medo mas é uma desculpa para ficar mais tempo no teu abraço.) Deixa-me ficar mais um pouco nos teus braços. E escuta. Ouves o canto das baleias? Perco-me entre aquela doce melodia e o calor que vem do teu corpo. Os nossos corações marcam o ritmo daquela sinfonia. Olho-te nos olhos, apesar de eles ainda não me conhecerem bem. Shhh... Ouves o canto das baleias? E parece que me estou a apaixonar. Tento concentrar-me no canto das baleias mas perco-me nos sentimentos. Já fomos do ódio ao amor e do amor ao ódio. Ambos sabemos o que is

Palavras soltas (Babies/Bebés)

https://www.youtube.com/watch?v=zPQNxktHHVc As palavras soltas de hoje falam sobre bebés. A minha experiência com bebés, neste preciso momento, é praticamente nula. Os meus primos já cresceram. As minhas amigas vão tendo bebés e familiares também. Mas o contacto direto e diário, neste momento, não existe. Mas ontem estive com uma bebé que nasceu há apenas um mês. Olhei-a e pareceu-me muito pequena. Aliás, para vos explicar melhor a minha observação, só comparando com uma formiga e um elefante. E que fique bem claro que eu seria o elefante e a bebé a formiga. Podem pensar que é exagero meu mas não é. Eu, que já não via um bebé tão pequeno há mesmo muitos anos, achei mesmo que a bebé era demasiado pequena para os meus braços. Quando a sua mãe me pergunta, ou melhor, afirma que eu posso pegar nela, o primeiro pensamento na minha cabeça foi: problemas! Não que um bebé seja um problema. Também depende da perspetiva. Mas tornou-se um problema ver os meus braços tão longos e uma be

Palavras soltas (Mrs. Evangelina Benjamina/ Dona Evangelina Benjamina)

https://www.youtube.com/watch?v=wWweUCKlE10 As palavras soltas de hoje falam sobre a dona Evangelina Benjamina. A dona Evangelina Benjamina é uma senhora baixinha que veste uma saia mais comprida do que as suas pernas. Uma saia que esconde todos os seus pelos por remover. Uma saia que lhe esconde as vergonhas e rebuçados nos bolsos. Rebuçados de mel já derretidos e colados, os quais costuma dar aos bisnetos quando eles lhe pedem um doce. Ou, simplesmente, porque lhe apetece dar. A dona Evangelina Benjamina é uma senhora pequenina que usa bigode durante todo o ano e não o esconde. Secretamente, guarda em cada pelo muitas das suas histórias de sabores e dissabores. Quantas vezes a sua boca, agora enrugada, beijou a sua colher de pau para saborear o gosto escondido, secretamente criado, dos seus cozinhados. Aqueles seus cozinhados que não se consegue provar em lugar nenhum. A dona Evangelina Benjamina conta aos seus bisnetos as suas aventuras de menina. Apesar de todas as suas ru

Palavras soltas (Newspapers/Jornais)

https://www.youtube.com/watch?v=Yam5uK6e-bQ As palavras soltas de hoje falam sobre jornais. Lembro-me daquelas tardes de domingo. Eu sentada no sofá ao lado do meu pai, enquanto ele lia o seu jornal de domingo. Lembro-me de lhe seguir o olhar. Na altura mal conseguia entender o que aquelas linhas todas queriam dizer. Hoje sei que são palavras. Frases. Textos que nos dão notícias. As imagens, para mim, diziam tudo. Uma vez por outra, em alguma imagem mais intrigante, perguntava-lhe o que dizia numa ou noutra notícia. Mas, muitas das vezes, ouvia-o e não percebia a notícia. Problemas e questões de adultos. O meu pai virava a página e eu olhava o seu rosto para perceber se já teria terminado. Começava a ficar impaciente. "Os adultos demoram muito tempo a ler os jornais." - pensava eu. Mas continuava sentada ao lado do meu pai, como se estivesse hipnotizada. No final de contas não estava contigo a semana toda. Queria sentir o teu calor de pai, o teu cheiro a pai, a tua

Palavras soltas (Sailor/ Marinheira)

https://www.youtube.com/watch?v=Mkf1IHBElMo As palavras soltas de hoje falam sobre navegar. Nunca tive a ambição de ser marinheira. Marinheira de água doce ou de água salgada. Nunca pensei mesmo em ser marinheira. Se gosto do mar?! Sim. Adoro o mar. O mar é música e tela para os meus ouvidos e olhos, respetivamente. Mas nem a minha adoração pelo mar me faz querer ser marinheira. A minha última experiência, como marinheira, não correu nada mal. Diverti-me muito. E conheci pessoas novas. (Acho que, se as vir agora, já não as reconheço! Desculpem!) Tive direito a prova de vinhos e degustação de produtos regionais. Mas o melhor foi mesmo o pôr do sol e os golfinhos. A primeira vez que fui marinheira, tinha eu perto de 5 anos, foi muito engraçado. Foi num lago. E o meu padrinho remador não sabia remar. Ou melhor, soube remar até ao centro do lago, mas não soube trazer-nos de volta à margem nem fazer-nos passear ao longo do lago. Lembro-me perfeitamente da minha madrinha sempre a rec

Palavras soltas (Darryl/Darryl)

https://www.youtube.com/watch?v=trig1MiEo1s As palavras soltas de hoje falam sobre o Darryl . O Darryl é a minha personagem de banda desenhada favorita. Ou melhor, o Darryl é uma das minhas personagens de banda desenhada favoritas. Esta é a minha versão dele. O Darryl é casado e tem 3 filhos ainda pequenos. E as histórias desta banda desenhada circulam à volta desta família. De todas as histórias que esta família vai vivendo e criando. Algumas bem engraçadas. E é por causa deste Darryl que hoje vos escrevo. Um destes dias fui surpreendida por uma pessoa que se parecia com este meu esboço. Ou seja, conheci uma pessoa que era mesmo parecida com o Darryl . Nunca pensei que um ser humano pudesse ser parecido com uma personagem da banda desenhada. O senhor nem reparou mas toda eu me tornei sorriso! Um sorriso interno de contentamento. "Posso pedir-lhe um autógrafo?!" Não lhe pedi mas quase que me tornei uma adolescente que vê diante de si o seu grande ídolo. Não é todos

Palavras soltas (Cinema/Cinema)

https://www.youtube.com/watch?v=PeX8TkHN6mE As palavras soltas de hoje falam sobre cinema. Adoro ir ao cinema ver um daqueles filmes que nos enche a alma de todo o tipo de sentimentos e emoções. Adoro ir ao cinema ver um filme nomeado para os óscares. Adoro ir ao cinema ver um filme que nunca ninguém memoriza o seu nome. Adoro ir ao cinema e ver um filme que eu não consigo memorizar o nome mas que sei perfeitamente a sua história. Filmes que contam histórias de amor. Filmes que nos fazem dançar e cantar na cadeira. Filmes que nos levam até ao romper das lágrimas e dos sentimentos. Filmes que nos fazem ficar aflitos para ir ao WC de tanto nos rirmos. Filmes que nos assustam na cadeira. Filmes com imensa ficção científica. Filmes e mais filmes. Filmes que recontam histórias reais. Filmes que nos iluminam o olhar com todas as suas personagens animadas. Tantas cores. Filmes a preto e branco. Filmes com ou sem falas. Cinema mudo. Cinema com os amigos. E foi numa ida ao cinema com am

Palavras soltas (Dreams' serial killers/ Assassinos em série de sonhos)

https://www.youtube.com/watch?v=d8ekz_CSBVg As palavras soltas de hoje falam sobre assassinos em série de sonhos. Tomei consciência de ti. E aceitei. Aceitei como se aceita que no verão pode chover. A vida ensinou-me a aceitar que nem sempre as coisas são como queremos. Sonhar... Bem, já não sei o que é. Sonhar era o meu passado, presente e futuro. Agora, sonhar é ... Acho que sonhar tornou-se um meio de cair numa desilusão maior. E caí. A vida encarregou-se de me fazer ver o que é sentir-me profundamente desiludida. A desilusão é capaz de partir corações. A desilusão destroça corações e faz-nos sentir sozinhos e perdidos. Faz-nos sentir medo. Faz-nos questionar "porquê eu?". A desilusão mata sonhos. A consciência mata sonhos. A dor mata sonhos. Mata-me. Mata sentimentos. Mata esperanças. A dor mata corações. A dor torna-nos, aparentemente, mais frios. Mais frios. Mais gelados. Mais distantes. Aparentemente. A dor faz-nos murchar mantendo a mesma postura. E a postu