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Palavras soltas (19/05/2014 Pequenas empresas/ Small businesses)

Joan Miró - Carnaval de Arlequin

As palavras soltas de hoje são uma homenagem às pequenas empresas. Todos nós temo-las. Uns mais... Outros menos... Mais ou menos todos nós temos uma pequena empresa para gerir. Umas boas... Outras menos boas... Boas ou menos boas tanto faz! Todos nós temos pequenas empresas perdidas no tempo e no espaço. Posso até ter muitos defeitos, que os tenho. Afinal quem é que não os tem? Posso até viver ansiosa e, quiçá, um dia, morrer ansiosa. Mas afinal quem é que não morre? E tem dias em que ando irritada. Mas quem nunca ficou irritado uma única vez em toda a sua vida? Tudo isto, todos estes elementos fazem parte de mim, da minha personalidade, do meu ser, do meu eu. E eu não me esqueço que devo gerir a minha vida tal qual uma pequena empresa. Aos meus olhos é a maior empresa do mundo! Aos olhos dos outros é uma pequena empresa. Para alguns olhos não será mesmo nada. Como tal empresa que é tenho que evitar que entre em rutura. Tenho que conseguir manter os seus níveis de forma a nunca afundar-se. Nunca poderá bater no fundo. No fundo da cadeia vivencial. E como posso eu evitar que ela entre em falência? Sendo feliz. A felicidade é o grande motor de toda a vida. Apesar de nem sempre ser fácil, de muitos arranhões e dores de cabeça (das inúmeras cabeçadas), de muitos desafios e períodos de crise, ... Ser feliz é o grande motor de toda a vida. Ser feliz torna-nos imunes aos problemas e dá-nos força para decidir que rumo dar à nossa "pequena empresa", à nossa vida. E passamos a ser autores de nós próprios. É atravessar tempestadas tropicais apenas com um guarda-chuva. É atravesssar o imenso deserto apenas com uma garrafa de água, É sobreviver a um furacão somente com um tapa-vento. E sobreviver. E conseguir, mesmo assim, sobreviver. Sobreviver a todas estas intempéries e adversidades da vida porque na tempestade tropical encontramos um abrigo, no deserto um oásis e no furacão uma cave bem segura. E tudo isto podemos encontrar no mesmo local, num só local: na nossa alma. E que bela é a vida se a podemos viver desta forma. Ser feliz. Ser feliz é não temer os nossos sentimentos. É ser corajoso o suficiente para escutar quantos "nãos" sejam necessários. É sabermos admitir quem e o que somos. É não recear ser alvo de uma crítica, mesmo quando esta não é nada justa. Mas são as adversidades que nos fazem sentir vivos e que nos tornam melhores gestores da nossa vida, da nossa "pequena empresa". Sem elas instalar-se-ia a monotonia. E se  nossa alma adoece... E se a nossa felicidade desfalece... Aí sentimo-nos a cair num fundo sem fundo à vista, sem fim previsto... e, então, temos que voltar a renascer. Ligamos os geradores e a empresa volta a funcionar. Desde que todos saiam ilesos e que não lesemos ninguém. E a vida continua. Mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis

Joan Miró - Carnaval de Arlequin


The words of today are a tribute to small businesses. We all have small businesses. Some people more... other less... More or less we all have a small company to manage. Some of them are good... Other less good But good or less good... whatever! We all have small businesses lost in time and space. I have so many defects, I really have. After all who does not have? I can even live anxious and, perhaps, one day, I will die because of anxiety. But who does not die? And there are days that I've been angry. But who never got angry once in the entire life? All of this,... all these elements are part of me, of my personality, of my human being, of myself. And I haven't forgotten that I manage my life just like a small business. To my eyes it is the largest company in the world! To the eyes of others it is just a small company. And to some eyes isn't anything. As a business that it is I must prevent its rupture. I've gotta keep its levels so it never sink. It can't hit the bottom. It can't hit the bottom of the experiential chain. And how can I prevent bankruptcy? Being happy. Happiness is the great engine of life. Although it isn't always easy,... so many scratches and headaches (from numerous head butts),... so many challenges and periods of crisis... Being happy is the great engine of life. Being happy makes us immune to problems and gives us strength to decide what direction to give to our "small business", to our lives. And we become authors of ourselves. It makes us capable of walking through tropical storms with only an umbrella. It makes us get through the vast desert with only a bottle of water. And it helps us to survive a hurricane with only a windscreen. And we survive. And we, nevertheless, survive. And we survive to all these storms and adversities of life because in the tropical storm found a shelter, in the desert an oasis and a well secured basement in the tornado. And all of this we find in the same place, in one place only: in our soul. And life is beautiful if we can live this way. Be happy. Being happy is not fear our feelings. It is to be brave enough to listen "don'ts" how many they are needed. It's to admit who and what we are. It is not fear being targeted for criticism, even when it isn't at all fair. But the odds make us feel alive and make us better stewards of our life, of our "small company". Without them monotony would be installed. And if our soul gets sick... And if our happiness faints... then we feel like we're falling in a bottomless bottom, endless... and then we have to go back and reborn. We make company reborn making the generators get back to work. Since everyone get out unharmed and not hurt. And life goes on. But these are already another kind of words. Ana Reis

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