As palavras soltas de hoje falam sobre corações. Ofereci-te o meu coração. Lembro-me perfeitamente desse dia. Trazia-o nas mãos escondido nas minhas costas. O sol iluminava o teu sorriso, o teu olhar e o teu cabelo. Corri até ti com o coração nas mãos e aos pulos. Sentia-me tão feliz. De correr passei a voar e aterrei nos teus braços. Aterrei no teu forte e seguro abraço. Não trazia palavras comigo, muito menos sonhos. Mas não foi preciso. Sorriste e eu sorri. E deste-me o teu mais bonito olhar. ... Até corei! Não me disseste nada. Não foi preciso. Ficamos os dois a olhar o mar fechados naquele nosso abraço. E aquele foi o pôr-do-sol mais longo que eu alguma vez presenciei. O tempo parou. As pessoas passavam mas era como se nenhuma delas ali estivesse. E foi assim que eu te entreguei o meu coração. Não houve fogo de artifício. Não houve champanhe. Não houve festa de arromba nem música. Não houve anel de noivado. Não houve pedido de joelhos no chão. Não houve violinos a tocar. Não houve pétalas de flores no chão. Não houve nada disso porque nada disso era necessário. Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Ana Reis
Today my words talk about hearts. I offered you my heart. And I remember that day so perfectly. I carried it in my hands, hidden behind my back. The sun shone on your smile, eyes and hair. I ran to you with my heart jumping on my hands. I felt so happy. And Î changed quickly from running to flying and I only landed in your arms. I landed on your strong and safe embrace. I brought no words with me, much less dreams. But it wasn't necessary at all. You smiled and I smiled. And you gave me your most beautiful look. ... I blushed! You didn't tell me a single word. It wasn't necessary. We were both staring at the ocean in that embrace. And that was the longest sunset I've ever witnessed. Time has stopped. People passed by but it was as if none of them were there. And that's how I gave you my heart. There was no fireworks. There was no champagne. There was no big party or music. There was no engagement ring. There was no asking with your knees on the floor. There were no violins playing. There were no flower petals on the floor. There was none of this because none of this was necessary. Well, but these are already another kind of words. Ana Reis
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