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Palavras soltas (13/05/2014 - Memórias/ Memories)


As palavras soltas de hoje estão saudosas. Saudosas e ao mesmo tempo não. E a tristeza de tão grande que é faz doer-me o pensamento. É singela. Eu conheci-vos. Não vos conheci na totalidade mas, também,  não foi preciso. Se estas palavras que vos escrevo são tão difíceis de interpretar e, por isso, insignificantes, em verdade vos digo que, de igual forma, as coisas mais difíceis de serem encontradas são denominadas de preclaras. Beleza rara. A tristeza desta minha saudade encheu de lágrimas o chão de todo o meu jardim. E a minha alma aproveita a dor que vive em mim. A sua inquietude quer tudo aquilo que nunca teve fim. A sua inquietude anseia por um momento no tempo em que a vossa presença era presente. Aqui já não existe maldade. No meu coração já não há lugar para maldade. Nem maldade, nem nada mais para além desta minha tristeza saudosa. Mas a minha alma não está de luto. Não está e se alguma vez esteve já não me recordo. A minha alma apenas continuou a amar aqueles que sempre a ensinaram a amar. E, hoje, todo o meu eu consiste, apenas, em memórias. Memórias adocicadas. Memórias que enchem de fantasias todos os meus sonhos e recantos encantados da minha mente. Nas minhas memórias vocês estão tão vivos e tão presentes que fazem com que a minha alma prefira viver nesta tristeza saudosa em vez de partir para outras emoções presentes. Se o presente não fosse duro seria muito mais fácil para a minha alma separar-se do passado mas o presente é duro e o passado é extremamente adocicado. Mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis


"The words of today are nostalgic. Nostalgic and at the same time not. And the sadness is so big that it hurts my mind. It's simple. I met you. I haven't met you at all, but that wasn't necessary. If I write you these words so difficult to interpret and therefore insignificant, verily I say unto you, equally, the most difficult things to be found are called rare. Rare beauties. The sadness of my longing brought tears that filled all the floor around my garden. And my soul enjoy the pain that lives in me. Its restlessness or whatever wants what had never end. Its restlessness yearns for a moment in time when your presence was present. Here there is no longer evil. In my heart there is no place for evil. Nor wickedness, nor anything else beyond my wistful sadness. But my soul isn't in mourning. It isn't and wasn't ever recall. My soul just continued loving those who always taught my soul how to love. And today, my whole self is only memories. Sweetened memories. Memories that fill with fantasies and dreams all the enchanted corners of my mind. In my memories you are so alive and so present that my soul prefers to live in this wistful sadness instead of leaving in other emotions at my present. If this wasn't that hard it would be much easier for my soul to separate from the past but the present is hard and the past is extremely sweet. But these are already another kind of words." Ana Reis

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