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Palavras soltas (31/05/2014 - Eu/ I)






As palavras soltas têm estado ausentes. E por esse motivo pedem desculpa. Nem sempre dá para dispensar o tempo que gostaríamos a algo que tanto gostamos de fazer e que tão bem nos faz. Escrever sempre foi uma grande paixão minha. Umas das minhas grandes paixões na vida. E espero que surjam muitas mais! Todos os dias procuro uma outra, uma outra paixão que incendeie o meu coração com mais vontade de viver. Todos os dias observo as pessoas que pelos bancos do parque estão sentadas e questiono-me no que estarão a pensar. Algumas têm os olhos postos no passado. Acho que tentam ver o que não conseguem ver. Procuram ou encontram o que estavam a procurar. Procuram ou encontram imagens de pessoas, de experiências, gentes de outras terras, de uma infinidade de coisas infinitas. Outras, fixam os seus olhos no futuro. E estas estão a ver aquilo que não se pode ver, que nos é proibido observar. Procuram ver o que ninguém pode ver ou saber. Talvez porque não querem esperar mais! Talvez porque não aguentam esperar mais! Mas porque deixam o que têm na mão por algo que já passou ou que ainda não passou? Porque se perdem ou deixam perder-se os pássaros que têm na mão por aqueles que se encontram a voar? Será por segurança ou por insegurança? Este dia é delas. Este é o dia delas. É o que são e é tudo o que elas têm. As horas fluem perpétuamente anulando tudo aquilo que achamos ser. Eliminando todo o nosso ar de super herói. No mesmo sorvo nascemos e morremos. Se se sentem sós. Chiu! Não o digam a ninguém porque ninguém o sabe se não lho disserem. Calem-se sem se calarem e finjam sem fingimento que não estão sós. Não há lugar para tristezas se somos tristes cada um consigo. Se temos um dia de sol temos sol, se temos água é porque procuramos água, sorrisos se é sorrisos que nos dão, ... Temos tudo o que queremos e não nos apercebemos disso. O dia dá-nos! O presente faz questão de nos presentear por diversas vezes e nós só temos que desfrutar! E que misérrimo exílio onde exilada estou, onde agora tenho a minha morada de residência. E aqui estou fiel nos erros proscritos! Mas que falta esta a minha a de querer mais se eu já amo o que vejo. Amo o que vejo por saber que algum dia, um dia, o deixarei de ver definitivamente. No fleumático intervalo que vai entre o que sinto e o que amo, mais do que eu, está o amor por ser um ser com tudo ou mais do que tudo em mim. Defeitos, ... Feitios, ... Sonhos, .... Fados e "desfados", ... Sorte e infortúnio, ... entre muitas outras coisas. Sou uma montanha-russa de sentimentos e outras coisas isenta de monotonia. Melhor do que o que eu sou acho que ninguém me daria. Não seriam capazes de me deixarem tão fã de mim mesma como o sou agora. Só se me fizessem exatamente com a mesma precisão e tal e qual quem sou hoje. Mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis



My words have been out for some days and for that reason apologize me. I can't always have time to do something that I would like to do and that makes me feel so good. Writing has always been a great passion for me. One of my great passions in life. And I hope that someday will arise many more! Every day I try to find another, another passion that ignite my heart with more strength and wanting to continue living. Every day I see people sit on the park benches and I wonder what are they thinking about. Some of them have their eyes in the past. I think they are trying to see what they can't see. They seek or find what they were looking for. They seek or find pictures of people, experiences, people of other lands, an endless multitude of things. Others fix their eyes on the future. And these are seeing what they can't see, which is forbidden to us to observe. They are seing what no one can see or know. Maybe because they don't want to wait no more! Maybe because they can't stand waiting any longer to know their future! But why are they leaving what they have on their hands now for something that has passed or not passed yet? Why they lose or leave those birds that they already have on their hands for those who are flying? Is it security or insecurity? This day is their day. This is their day. It is what they are and it's all that they have. The hours flow perpetually negating everything that we think we are. Eliminating all our superhero ego. At the same sip we born and die. If they feel lonely. Shh! Don't tell anyone because no one knows if you don't say anything. Shut up, shut up and pretend that you aren't alone. There is no place for sorrow if we are sad in each of us. We have sun if we have a sunny day, if we seek water we have water, if we want smiles we will receive smiles back, ... We have everything that we want and we don't even realize it. The day gives us everything! Our day! The present gives us presents, several times, and we just have to enjoy it! And how sad exile is this where I am right now, where I have my home address now. And here I am faithful to my proscribed errors! But how wrong I am for wanting more if I already love what I see. I love what I see because I know that someday, one day, I can't see it anymore. In phlegmatic range that goes between what I feel and what I love, I have more than me, I have love because I am a human being with all or most of all in me. Defects, ... Good feelings, ... Dreams, .... Future and past, ... Luck and misfortune, ... among many other things. I 'm a rollercoaster of feelings and other things free of monotony. I think that anyone could give me anything better than what I 'm. They aren't able to make me such a fan of myself as I am now. Only if they do/ contruct me exactly with the same precision as who I am today. But these are already another kind of words. Ana Reis

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