Avançar para o conteúdo principal

Palavras soltas (Maria/Maria)



As palavras soltas de hoje falam sobre a Maria. Hoje senti, pela primeira vez, a Maria. Não é a minha Maria mas é a Maria de uma pessoa amiga. Olhei a barriga, agora enorme, e vi que era evidente uma saliência no canto direito. A medo, toquei-lhe. E a saliência desapareceu. Apareceu outra mais à frente. Toquei-lhe, mais uma vez. Voltou a desaparecer. Acho que a Maria estava a brincar comigo. Perguntei à mãe se era mesmo a Maria que se estava a mexer e ela confirmou. Estavas mesmo a brincar comigo Maria. Ainda não te conheço e já gosto tanto de ti. Quando nasceres vais poder conhecer-me pessoalmente. Espero que gostes de mim. Vamos ter conversas de mulher para bebé. E, quando cresceres, vamos ter conversas de mulher para menina. Um dia, vamos ter conversas de amiga para amiga. E, quando me conheceres melhor, vais sentar-te no meu colo, Maria, e a tua mãe vai sorrir. E, sempre que ela te chamar a atenção, ouve-a. Ela vai ser a tua melhor conselheira. Dá-lhe muitos abracinhos e beijinhos. As mães também costumam precisar disso. E muito! E, nos dias em que ela chegar a casa do trabalho com menos paciência, ela vai sorrir ao ver-te. Ela vai sentir-se melhor ao ver o teu pequeno, mas enorme, sorriso. O sorriso de uma criança é, estranhamente, mágico. Hoje, Maria, não vi o teu sorriso, mas foi como se tivesse visto. Foi especial. Fizeste-me mergulhar nestas conversas com a barriga. E sabes, Maria, ainda não te conheço mas já gosto muito de ti! Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Ana Reis


Today my words talk about Maria. Today I felt, for the first time, Maria. It is not my Maria. She belong to a friend. I looked at your mom's belly (now huge) and I saw that something evident in the right corner. Feeling afraid of hurting your mom, I touched it. And that something has disappeared. There was another one ahead. I touched it one more time. It has disappeared again. I think Maria was playing with me. I asked your mom if it was really Maria that was moving and she confirmed. You were really messing with me, Maria. And though I don't know you I already love you so much. When you are born you will meet me personally. I hope you like me. And we are going to have conversations from woman to baby. And when you grow up a little more, we are going to have conversations from woman to girl. One day, we will have conversations from friend to friend. And when you know me better, you'll sit on my lap, Maria, and your mother will smile. And whenever she talks to you just listen to her. She'll be your best adviser. Please promise me you'll give her lots of little giggles and kisses. Mothers often needs it so much. Really! And on the days when she arrives home from work with less patience, she'll smile when she sees you. She will feel better to see your small (but huge )smile. A child's smile is, strangely, magical. Today, Maria, I haven't seen your smile, but it was as if I had seen it. It was special. You made me dive into these belly conversations. And you know, Maria,  that although I don't know you I really like you! Well, but these are already another kind of words. Ana Reis

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A Velha que vivia num sapato (Versão portuguesa (portuguese version))

Era uma vez... (ou podiam ser duas ou três) Uma velha que vivia dentro de um sapato. Mas não era um sapato qualquer! Era uma bota com alguns remendos a descoser. A morada dela era como que encantada e bela. Nas cartas que costumava escrever podia ler-se: Rua Sapato-bota, número quarenta e meio, Uma velha ao vosso serviço sem medo do alheio. Quando a primavera se lembrava de aparecer todos paravam para ver O jardim maravilhoso que aquela bota tinha. Tinha árvores e flores sem fim, E cheiros maravilhosos que se espalhavam por todo o jardim! O portão era pequeno e engraçado e estava um pouco enferrujado. O seu ferro foi envelhecendo com o passar do tempo. E sempre que o abriam era possível saber Quem lá entrava pelo barulho que ele costumava fazer. E o seu telhado era um pouco inclinado. As suas paredes já estavam um pouco gastas do tempo. E a porta estava sempre aberta para quem quisesse lá entrar. E muitos eram os que queriam a velha visitar! No seu...

Palavras Soltas (01/04/2014 Dinâmica de grupo: O Abrigo Subterrâneo)

As palavras soltas de hoje vão falar de memórias. Hoje estive a arrumar o meu sótão, em todos os sentidos, e consegui encontrar as coisas mais maravilhosas por lá perdidas e, algumas, esquecidas. Vou tentar partilhar convosco algumas delas ao longo do tempo, pelo menos as mais relevantes e, de certa forma, engraçadas. A memória de hoje vai para o meu último ano de Licenciatura. Tinha uma disciplina com o nome Dinâmica de Grupos que era bastante interessante por interagíamos muito uns com os outros e tentávamos funcionar como um grupo. Acho que foi um bom trabalho para aprendermos a trabalhar em equipa. Se bem que na prática as coisas não são tal e qual a teoria. Um dos desafios que nos foram lançados ao longo do semestre foi a dinâmica: O Abrigo Subterrâneo. E vou lançar-vos o desafio também. "Imaginem que uma cidade no mundo está sob ameaça de ser bombardeada. Aproxima-se um homem de nós e solicita-nos que tomemos uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode...

Regressos / Returns

  As palavras soltas de hoje falam sobre regressos. Já há muito tempo que não as escrevo. E tanto tempo há que vocês não as leem. Por isso, hoje, resolvi escrevê-las. Estas pequenas palavras. Livres. Soltas. Tal como sempre vos habituei. E regressar traz sempre um sentimento agridoce. Tanto de excitação como de medo. As palavras soltas têm destas coisas. Sempre que escrevo deixo que seja o meu cérebro a comandar as minhas palavras. Ou serão as minhas palavras que controlam o cérebro?! Lidar com os pensamento enquanto escrevo é obrigatório. Não tenho escapatória possível. E, assim, regresso. Regresso ao meu mundo. Aquele mundo onde escrevo e desenho. Alio duas áreas da criatividade que sempre amei. E não me importo de viver aqui. Neste meu mundo de criatividade. Sinto-me abraçada sempre que o faço. Escrever. Desenhar. E regressar. Bem-vindas queridas palavras soltas! Que este seja um regresso para ficar. Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Today's words will talk about ret...