Avançar para o conteúdo principal

Palavras soltas (Small People/Gente Pequena)


 

As palavras soltas de hoje falam sobre gente pequena. E eu adoro gente pequena. Gente pequena com coração grande. Adoro gente pequena porque têm sempre sonhos e pensamentos grandes. Gente pequena com duas mãos cheias de sonhos e de poemas sobre a vida que é, ainda, muito pequenina. Eu e a gente pequena costumamos entendermo-nos demasiado bem. As bolas de sabão saem da sua palhinha. São claras e passageiras. Não lhes chamo inúteis porque fazem todas as crianças sorrir. E nós, adultos, também sorrimos ao ver uma bola de sabão voar. Tal como as crianças, as bolas de sabão são aquilo que são. Redondinhas. E ninguém, nem mesmo a criança que as soprou, pretende que elas sejam mais do que aquilo que são. Algumas perdem-se nas nuvens. Adoro gente pequena porque cantam canções de embalar para o meu coração. Pintam arco-íris por cima de tornados. Desenham flores por cima de monstros e florestas assombradas. Constroem cabanas que resistem ao Abominável Homem das Neves. Não há lobo mau que consiga apanhar os três porquinhos. E agora existem muitos outros super heróis. A gente pequena tem uma força do tamanho do mundo, proporcional ao seu coração. E eu adoro gente pequena. Gente pequena que fala com o coração. E a gente grande já nem sabe o que é o coração. Bem, mas estas são outras palavras soltas. Ana Reis

 

Today my words talk about small people. And I love small people. Small people with big heart. I love small people because they always have the biggest dreams and thoughts. Small people with two hands full of dreams and poems about life. About their small life. And I usually have great talks with them. The soap bubbles come out of their straw. They are clear and fleeting. I don't call them useless because they make all the children smile. And we, adults, also smile when we see a soap bubble fly. And soap bubbles are like children, they are exactelly what they are. And no one, not even the child who made them, wants them to be more than what they are. Some get lost in the clouds. I love small people because they sing lullaby songs to my heart. They paint rainbows over tornadoes. Drop flowers over monsters and haunted forests. They build huts that resist to the Abominable Snowman. There is no evil wolf that can catch the three little pigs. And now there are many other super heroes. Small people have a force that have the size of the world, proportional to their heart. And I love small people. Small people talk with their heart. And big people don't even know what heart is. Well, but these are already another kind of words. Ana Reis

Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

A Velha que vivia num sapato (Versão portuguesa (portuguese version))

Era uma vez... (ou podiam ser duas ou três) Uma velha que vivia dentro de um sapato. Mas não era um sapato qualquer! Era uma bota com alguns remendos a descoser. A morada dela era como que encantada e bela. Nas cartas que costumava escrever podia ler-se: Rua Sapato-bota, número quarenta e meio, Uma velha ao vosso serviço sem medo do alheio. Quando a primavera se lembrava de aparecer todos paravam para ver O jardim maravilhoso que aquela bota tinha. Tinha árvores e flores sem fim, E cheiros maravilhosos que se espalhavam por todo o jardim! O portão era pequeno e engraçado e estava um pouco enferrujado. O seu ferro foi envelhecendo com o passar do tempo. E sempre que o abriam era possível saber Quem lá entrava pelo barulho que ele costumava fazer. E o seu telhado era um pouco inclinado. As suas paredes já estavam um pouco gastas do tempo. E a porta estava sempre aberta para quem quisesse lá entrar. E muitos eram os que queriam a velha visitar! No seu...

Palavras Soltas (01/04/2014 Dinâmica de grupo: O Abrigo Subterrâneo)

As palavras soltas de hoje vão falar de memórias. Hoje estive a arrumar o meu sótão, em todos os sentidos, e consegui encontrar as coisas mais maravilhosas por lá perdidas e, algumas, esquecidas. Vou tentar partilhar convosco algumas delas ao longo do tempo, pelo menos as mais relevantes e, de certa forma, engraçadas. A memória de hoje vai para o meu último ano de Licenciatura. Tinha uma disciplina com o nome Dinâmica de Grupos que era bastante interessante por interagíamos muito uns com os outros e tentávamos funcionar como um grupo. Acho que foi um bom trabalho para aprendermos a trabalhar em equipa. Se bem que na prática as coisas não são tal e qual a teoria. Um dos desafios que nos foram lançados ao longo do semestre foi a dinâmica: O Abrigo Subterrâneo. E vou lançar-vos o desafio também. "Imaginem que uma cidade no mundo está sob ameaça de ser bombardeada. Aproxima-se um homem de nós e solicita-nos que tomemos uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode...

Regressos / Returns

  As palavras soltas de hoje falam sobre regressos. Já há muito tempo que não as escrevo. E tanto tempo há que vocês não as leem. Por isso, hoje, resolvi escrevê-las. Estas pequenas palavras. Livres. Soltas. Tal como sempre vos habituei. E regressar traz sempre um sentimento agridoce. Tanto de excitação como de medo. As palavras soltas têm destas coisas. Sempre que escrevo deixo que seja o meu cérebro a comandar as minhas palavras. Ou serão as minhas palavras que controlam o cérebro?! Lidar com os pensamento enquanto escrevo é obrigatório. Não tenho escapatória possível. E, assim, regresso. Regresso ao meu mundo. Aquele mundo onde escrevo e desenho. Alio duas áreas da criatividade que sempre amei. E não me importo de viver aqui. Neste meu mundo de criatividade. Sinto-me abraçada sempre que o faço. Escrever. Desenhar. E regressar. Bem-vindas queridas palavras soltas! Que este seja um regresso para ficar. Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Today's words will talk about ret...