Avançar para o conteúdo principal

Palavras soltas (Garden benches/Bancos de jardim)


As palavras soltas de hoje falam sobre bancos de jardim. E é nos bancos, que existem nos jardins públicos, que muitas conversas acontecem. E é nos bancos dos nossos jardins citadinos que muitos olhares se trocam. Muitos destes olhares dão-se. Os bancos dos jardins que decoram as nossas cidades são palco de discussões e de reconciliações. Não fossem os jardins os nossos companheiros de uma vida. Vêem-nos a brincar no escorrega. Amparam os nossos primeiros passos desajeitados. Servem de via para as nossas primeiras pedaladas. Aconchegam-nos com as sombras das suas árvores nos nossos piqueniques de verão. Servem de palco para o nosso primeiro beijo e para a nossa primeira zanga amorosa. Entretêm-nos quando a idade já não nos permite viver grandes aventuras. E, quando a noite abraça toda a sua natureza, ouvem-se os mochos e todos os animais nocturnos que lá habitam. Cada um a falar à sua maneira. Cada um a tentar fazer-se ouvir. Os bancos de jardim tornam-se pardos quando a noite cai. São como os gatos. Mas, quando achamos que os bancos de jardim já não são palco para pessoas, as luzes acendem-se, os parques iluminam-se. As pessoas sentam-se nos bancos, algumas sei lá eu porquê. Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Ana Reis


Today my words talk about garden benches. And it is in the benches, which exist in public gardens, that many conversations begin. And it is on the benches of our city gardens that many people look at each other. Give. The benches of the gardens that decorate our cities are the stage for discussions and reconciliations. And gardens are our companions of a lifetime. They see us playing on the slide. They protect our awkward first steps. They are the best place for our first rides. They fill us with the shade of their trees in our summer picnics. They are the stage for our first kiss and for our first love affair. They entertain us when our age no longer allows us to live great adventures. And when the night embraces all their nature, we can hear the owls and all the nocturnal animals that live there. Each one speak on his own way. Each one tis rying to make itself to be heard. Garden benches become brown when night falls. They are like cats. But when we find that garden benches are no longer a stage for people, the lights turn on, and so the parks light up. People sit on the benches, but I don't know why some do it. Well, but these are already another kind of words. Ana Reis


Comentários

Mensagens populares deste blogue

A Velha que vivia num sapato (Versão portuguesa (portuguese version))

Era uma vez... (ou podiam ser duas ou três) Uma velha que vivia dentro de um sapato. Mas não era um sapato qualquer! Era uma bota com alguns remendos a descoser. A morada dela era como que encantada e bela. Nas cartas que costumava escrever podia ler-se: Rua Sapato-bota, número quarenta e meio, Uma velha ao vosso serviço sem medo do alheio. Quando a primavera se lembrava de aparecer todos paravam para ver O jardim maravilhoso que aquela bota tinha. Tinha árvores e flores sem fim, E cheiros maravilhosos que se espalhavam por todo o jardim! O portão era pequeno e engraçado e estava um pouco enferrujado. O seu ferro foi envelhecendo com o passar do tempo. E sempre que o abriam era possível saber Quem lá entrava pelo barulho que ele costumava fazer. E o seu telhado era um pouco inclinado. As suas paredes já estavam um pouco gastas do tempo. E a porta estava sempre aberta para quem quisesse lá entrar. E muitos eram os que queriam a velha visitar! No seu...

Palavras Soltas (01/04/2014 Dinâmica de grupo: O Abrigo Subterrâneo)

As palavras soltas de hoje vão falar de memórias. Hoje estive a arrumar o meu sótão, em todos os sentidos, e consegui encontrar as coisas mais maravilhosas por lá perdidas e, algumas, esquecidas. Vou tentar partilhar convosco algumas delas ao longo do tempo, pelo menos as mais relevantes e, de certa forma, engraçadas. A memória de hoje vai para o meu último ano de Licenciatura. Tinha uma disciplina com o nome Dinâmica de Grupos que era bastante interessante por interagíamos muito uns com os outros e tentávamos funcionar como um grupo. Acho que foi um bom trabalho para aprendermos a trabalhar em equipa. Se bem que na prática as coisas não são tal e qual a teoria. Um dos desafios que nos foram lançados ao longo do semestre foi a dinâmica: O Abrigo Subterrâneo. E vou lançar-vos o desafio também. "Imaginem que uma cidade no mundo está sob ameaça de ser bombardeada. Aproxima-se um homem de nós e solicita-nos que tomemos uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode...

Regressos / Returns

  As palavras soltas de hoje falam sobre regressos. Já há muito tempo que não as escrevo. E tanto tempo há que vocês não as leem. Por isso, hoje, resolvi escrevê-las. Estas pequenas palavras. Livres. Soltas. Tal como sempre vos habituei. E regressar traz sempre um sentimento agridoce. Tanto de excitação como de medo. As palavras soltas têm destas coisas. Sempre que escrevo deixo que seja o meu cérebro a comandar as minhas palavras. Ou serão as minhas palavras que controlam o cérebro?! Lidar com os pensamento enquanto escrevo é obrigatório. Não tenho escapatória possível. E, assim, regresso. Regresso ao meu mundo. Aquele mundo onde escrevo e desenho. Alio duas áreas da criatividade que sempre amei. E não me importo de viver aqui. Neste meu mundo de criatividade. Sinto-me abraçada sempre que o faço. Escrever. Desenhar. E regressar. Bem-vindas queridas palavras soltas! Que este seja um regresso para ficar. Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Today's words will talk about ret...