As palavras soltas de hoje falam sobre ser fácil. E os dias passam tão bem quando estou contigo. O sol brilha, mesmo em dias de chuva ou de trovoada. E é tão fácil o meu dia quando estou contigo. Não há palavras difíceis. Não há momentos difíceis. Todos os dias invento músicas só para te ver sorrir. Se fosse tão fácil embrulharia o meu passado e o meu futuro e dar-tos-ia de presente. Um dia vais recebê-los numa caixa de cartão com uma fita de cetim, a desenhar um laço grande e perfeito, a fechá-la. E ainda não consegui perceber porque é que cada romance que eu leio fala sobre nós, sobre a nossa história. Se fosse tão fácil eu lutaria contra tudo e todos, remaria contra todas as correntes, só para poder estar contigo. Em cada frase da nossa vida não mudaria uma única vírgula. Se fosse tão fácil não seria amor. E, mesmo quando não estou contigo, eu estou. Estou contigo e tu estás comigo. E torna-se fácil a tua ausência. Porque tu estás em cada flôr do meu jardim, em cada sopro do vento no Inverno, em cada sorriso das pessoas que se cruzam comigo diariamente, ... Tu estás em todo o lado. E é muito mais fácil o meu dia quando estou contigo. Bem, mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis
Era uma vez... (ou podiam ser duas ou três) Uma velha que vivia dentro de um sapato. Mas não era um sapato qualquer! Era uma bota com alguns remendos a descoser. A morada dela era como que encantada e bela. Nas cartas que costumava escrever podia ler-se: Rua Sapato-bota, número quarenta e meio, Uma velha ao vosso serviço sem medo do alheio. Quando a primavera se lembrava de aparecer todos paravam para ver O jardim maravilhoso que aquela bota tinha. Tinha árvores e flores sem fim, E cheiros maravilhosos que se espalhavam por todo o jardim! O portão era pequeno e engraçado e estava um pouco enferrujado. O seu ferro foi envelhecendo com o passar do tempo. E sempre que o abriam era possível saber Quem lá entrava pelo barulho que ele costumava fazer. E o seu telhado era um pouco inclinado. As suas paredes já estavam um pouco gastas do tempo. E a porta estava sempre aberta para quem quisesse lá entrar. E muitos eram os que queriam a velha visitar! No seu...
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