Avançar para o conteúdo principal

Palavras soltas (Longing and Hope/ Saudade e Esperança)




As palavras soltas de hoje falam sobre saudade e esperança. E fica sempre a saudade do que não há de voltar e a esperança dos tempos que virão. E a alma perde-se na sua ambição, ilusão, do passado e do futuro. Saudades dos brincos de princesa, dos sapatos da mãe. Saudades dos colares que já foram dos avós. Saudades dos vestidos que me faziam caminhar aos tropeções. Saudades dos amores e desamores que facilmente se dissipavam no tempo. Sem importância, mas tão importantes. Saudades das gargalhadas de criança enquanto corria pelos campos verdejantes. Saudades das asas maternais. Saudades do conforto do colo da mãe, da avó, do pai, do avô. . . Ou esperança de um amor sincero, não gozado, por um viver calmo e puro. Esperança de ir mais além do que alguma vez sonhara. Limites do mar da vida. Saudade ou esperança. Jamais o presente é passado e jamais o futuro é presente. E vivemos neste meio. Entre a saudade e a esperança. Se tenho saudades choro. Se tenho esperança rio. Se tenho saudades rio. Se tenho esperança choro. É uma dualidade. Uma faca de dois gumes. Rodo para um lado e tenho a luz o passado e do outro tenho nada mais do que a incógnita que é o futuro. Bem, mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis



Today my words talk about longing and hope. And sometimes I miss what will never return and I sometime I'm waiting for what future brings to me. And my soul loses itself in its ambition, illusion, of holding past and future. I miss those princess earrings, and mother's shoes. I miss all the necklaces that once belonged to my grandparents. I miss the dresses that made me stumble. I miss every single love and not love that easily dissipated in time. Not important, but so important. I missed the child's laughter while I ran through the green fields. I miss maternal wings. I miss the comfort of the lap of my mother, grandmother, father, grandfather. . . Or hope for a sincere love, not enjoyed yet, for a calm and pure life. Hope to go further than I had ever dreamed. Limits of the sea of ​​life. Longing or hope. And the present would never be future and so the future would never be present. And we live in this place. Somewhere between longing and hope. If I miss past I cry. If I want too badly the future, I'll laugh. If I miss past I laugh. If I want too badly the future, I'll cry. It is a duality. A double-edged sword. So I turn to one side and I have the light of the past and on the other side I have nothing more than the unknown that is the future. Well, but this is already another kind of words. Ana Reis






Comentários

Mensagens populares deste blogue

A Velha que vivia num sapato (Versão portuguesa (portuguese version))

Era uma vez... (ou podiam ser duas ou três) Uma velha que vivia dentro de um sapato. Mas não era um sapato qualquer! Era uma bota com alguns remendos a descoser. A morada dela era como que encantada e bela. Nas cartas que costumava escrever podia ler-se: Rua Sapato-bota, número quarenta e meio, Uma velha ao vosso serviço sem medo do alheio. Quando a primavera se lembrava de aparecer todos paravam para ver O jardim maravilhoso que aquela bota tinha. Tinha árvores e flores sem fim, E cheiros maravilhosos que se espalhavam por todo o jardim! O portão era pequeno e engraçado e estava um pouco enferrujado. O seu ferro foi envelhecendo com o passar do tempo. E sempre que o abriam era possível saber Quem lá entrava pelo barulho que ele costumava fazer. E o seu telhado era um pouco inclinado. As suas paredes já estavam um pouco gastas do tempo. E a porta estava sempre aberta para quem quisesse lá entrar. E muitos eram os que queriam a velha visitar! No seu...

Palavras Soltas (01/04/2014 Dinâmica de grupo: O Abrigo Subterrâneo)

As palavras soltas de hoje vão falar de memórias. Hoje estive a arrumar o meu sótão, em todos os sentidos, e consegui encontrar as coisas mais maravilhosas por lá perdidas e, algumas, esquecidas. Vou tentar partilhar convosco algumas delas ao longo do tempo, pelo menos as mais relevantes e, de certa forma, engraçadas. A memória de hoje vai para o meu último ano de Licenciatura. Tinha uma disciplina com o nome Dinâmica de Grupos que era bastante interessante por interagíamos muito uns com os outros e tentávamos funcionar como um grupo. Acho que foi um bom trabalho para aprendermos a trabalhar em equipa. Se bem que na prática as coisas não são tal e qual a teoria. Um dos desafios que nos foram lançados ao longo do semestre foi a dinâmica: O Abrigo Subterrâneo. E vou lançar-vos o desafio também. "Imaginem que uma cidade no mundo está sob ameaça de ser bombardeada. Aproxima-se um homem de nós e solicita-nos que tomemos uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode...

Regressos / Returns

  As palavras soltas de hoje falam sobre regressos. Já há muito tempo que não as escrevo. E tanto tempo há que vocês não as leem. Por isso, hoje, resolvi escrevê-las. Estas pequenas palavras. Livres. Soltas. Tal como sempre vos habituei. E regressar traz sempre um sentimento agridoce. Tanto de excitação como de medo. As palavras soltas têm destas coisas. Sempre que escrevo deixo que seja o meu cérebro a comandar as minhas palavras. Ou serão as minhas palavras que controlam o cérebro?! Lidar com os pensamento enquanto escrevo é obrigatório. Não tenho escapatória possível. E, assim, regresso. Regresso ao meu mundo. Aquele mundo onde escrevo e desenho. Alio duas áreas da criatividade que sempre amei. E não me importo de viver aqui. Neste meu mundo de criatividade. Sinto-me abraçada sempre que o faço. Escrever. Desenhar. E regressar. Bem-vindas queridas palavras soltas! Que este seja um regresso para ficar. Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Today's words will talk about ret...