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Palavras soltas (Monotony/Monotonia)





As palavras soltas de hoje falam sobre monotonia. E eu não quero viver para sempre, se o meu mundo for sempre igual. O sol nasce a nascente e põe-se a poente. O sol nunca irá nascer de uma árvore, nem de uma flor. O céu é sempre o mesmo. Vá para norte ou para sul, o céu é sempre o mesmo. Nunca vi um céu de cor diferente. Sempre a mesma monotonia. E eu não quero viver para sempre num mundo onde não cai neve azul, onde não existe o Homem da lua, onde não há flores que voem nem pássaros que nadem. Não quero viver para sempre num mundo onde as árvores não caminham, apenas, dão frutos e são casa para pássaros. Não quero viver para sempre num mundo mecânico, onde os homens são homens. Dormem, comem, riem e arrotam, sem imaginação. Não quero viver num mundo onde os rios desaguam no mar e o céu nunca chega a tocar o mar. E não me venham com a história do infinito! Não quero viver para sempre num mundo de monotonias. Num mundo onde tudo é sempre igual. Num mundo onde as horas, os dias e os anos têm sempre o mesmo tempo. Se for para viver para sempre num mundo assim deixem-me, então, pintá-lo à  minha maneira. Bem, mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis


Today my words talk about monotony. And I don' want to live forever if my world is always the same. The sun rises in the east and sets in the west. The sun will never born from a tree, nor from a flower. The sky is always the same. Even I go north or south, the sky is always the same. I've never seen a sky with a different color. Always the same monotony. And I don't want to live forever in a world where there is no blue snow, where there is no Man of the moon, where there are no flying flowers or birds that swim. I don't want to live forever in a world where trees don't walk, they only bear fruit and are birds' home. I don't want to live forever in a mechanical world, where men are men. They sleep, eat, laugh and burp, unimaginative. I don't want to live in a world where the rivers flow into the sea and the sky never touches the sea. And don't come to me with the story of infinity! I don't want to live forever in a world of monotonies. In a world where everything is always the same. In a world where hours, days, and years have all the same time. But if I'm going to live forever in a world like this then let me paint it my way. Well, but this is already another kind of ords. Ana Reis

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