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Abriu os olhos e avistou milhares de pequenos olhos a observarem-no. |
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Pequena vila. |
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Pequena bola verde com olhos e sorriso grandes. |
Nessa noite Tomás subiu as escadas até ao seu quarto a arrastar-se. Tinha sido um dia doloroso, como todos os outros. Tomou um banho bem quente. Vestiu o seu pijama e escovou os dentes. Estava pronto para sentir o conforto da sua cama muito pouco confortável. Mas era a única cama que podia ter, assim como só lhe restava o pequeno sótão como quarto. Mas pelo menos era só seu. Deitou-se e cobriu-se bem com os cobertores. Estava uma noite bem fria. Os olhos ja não aguentavam nem mais um minuto abertos. Tomás desistiu da luta e fechou-os. Quando voltou a abri-los viu milhares de pequenos olhos a observarem-no. Voltou a fechar. Abriu-os novamente na esperança de terem desaparecido mas eles teimavam em continuar ali. Levantou-se num sobressalto. Todos os olhos que tinha avistado quando acordou tinham desaparecido. "-Ufa, que alívio!" Pensou. Sentou-se numa pedra a recompor-se do susto. Pouco depois ouviu uns ruídos vindos de umas árvores. Avançou um pouco afastou os ramos para poder ver melhor. E foi aí que avistou uma vila em miniatura. Mas não era só uma vila em miniatura. As casas eram de palha e situavam-se em montanhas muito altas, mas em miniatura, que quase tocavam o céu, também ele em miniatura. Algumas delas ficavam mesmo no meio das nuvens, as quais também eram muito pequenas. As palmeiras pareciam de brincar. E havia umas escadas íngremes até ao cimo das montanhas para os moradores subirem até às suas casas. Tomás achou estranho a ausência de habitantes naquela vila. "-Onde estariam eles?" Interrogou-se. Mas não demorou muito até ver que não estava sozinho. As portas das casas começaram a abrir-se e ele conseguiu ver os olhos pequenos a espreitar com medo. Num ápice sentiu algo veloz passar-lhe entre as pernas. O que seria? Olhou e foi então que viu uma pequena bola verde com uns olhos grandes e um sorriso de orelha a orelha. Maseu... ups! Mas ele não tinha orelhas. É só uma forma de falar. A pequena bola verde parou diante das escadas e olhou para Tomás como se lhe quisesse dizer alguma coisa.
"- Tomás! Tomás!" Tomás olhou em volta e através da janela viu que o sol já estava a nascer. Tinha adormecido e o seu pai precisava mesmo da sua ajuda com os animais. "-Tomás!" Era o seu pai a chamá-lo. Tinha mesmo que levantar-se muito rápido. Não queria por nada ouvir um raspanete do pai e muito menos chegar atrasado à escola. Mas a pequena bola verde não saiu dos pensamentos de Tomás durante o dia todo.
O que irá dizer a pequena bola verde a Tomás? De quem serão todos aqueles olhos? Irão receber bem o Tomás? Ou será que o irão expulsar? A resposta a esta e a muitas outras perguntas só saberão na próxima viagem do Tomás a mundos distantes e mágicos.
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Olá, eu sou o Contador de histórias. |
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Boa noite e tenham sonhos mágicos!
Ana Reis
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Little eyes. |
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Little village. |
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Little green ball. |
"That night Thomas climbed the stairs into his room with difficulties. It had been a painful day, like others. He took a hot bath, put on his pajama and brushed his teeth. He was ready to feel the comfort of his very uncomfortable bed. But it was the only bed that he could have, and the small attic room was the only available bedroom. But at least it was just for him. He lay down and covered himself with blankets as well. It was a very cold night. His eyes couldn't stand any longer open. Thomas gave up the fight and closed them. When he opened them he saw thousands of little eyes observing him. He closed them. He opened them again hoping those eyes have disappeared but they insisted on continuing there. He got up with quickly. All eyes had disappeared. "- Phew, what a relief!" Thought. He sat on a stone to recover from the shock. Itwas shortly after he heard a noise coming from some trees. Slipped slightly away the branches to see better. And that's when he saw a village in miniature. But it was not only a village in miniature. The
houses were made of straw and were situated at high mountains, but
in miniature, which almost touched the sky, also in miniature. Some of them were even in the midst of the clouds, which were also very small. Palm trees seemed toys. And there were some steep stairs to the top of the mountains so the residents could climb to their homes. Thomas found it strage the absence of habitants at the village. "- Where were they?" He wondered. But it woldn't be that long for him to see tha he was not alone. The doors of the houses began to open and he could see their little eyes peeking afraid. In an instant he felt something fast pass him between the legs. What would it be? He observed and saw a small green ball with big eyes and a smile from ear to ear. But I ... oops! But he had no ears. It's just a way of speaking. The small green ball stopped on the stairs and looked at Thomas as if he wanted to say something." - Thomas Thomas ! " Thomas looked around and saw through the window that the sun was already born. He had fallen asleep and his father really needed his help with the animals. "- Thomas!" It was his father calling him. He needed get up very fast. He didn't want for anything a discussion with his father, much less to get late for school. But the little green ball didn't get out of his thoughts throughout the day.What will the little green ball tell to Thomas? Whose eyes are those? Thomas will get well? Or will they expel him from their village? The answer to this and many other questions you will only know on the next travel of Thomas to new distant and magical worlds.
Good night and have magical dreams !
Ana Reis
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