As palavras soltas de hoje sentem-se iluminadas. Iluminadas pela luz do sol que teima em esconder-se por entre as nuvens. Mas os raios de sol lá vão conseguindo penetrar a barreira mais que concentrada de nuvens que o céu, hoje, resolveram assombrar. Assombram mas não assustam. Não são nada assustadoras nem ameaçadoras. Afinal, estas nuvens escuras e concentradas que se concentram, hoje, no céu não são mais do que meras partículas de água condensada, oriunda de um mecanismo de evaporação da água na superfície do planeta. Não são mesmo nada assustadoras. Um dia vou subir ao céu e soprá-las. Soprá-las com toda a minha força. Soprá-las com todas as minhas forças. Vou, simplesmente soprá-las e ver o que acontece. De certeza que estas irão deslocar-se ao sabor do vento ténue e suave do meu sopro. Seja um movimento ascendente ou descendente. E se a nuvem fizer uma cara de má para mim eu não a temerei na mesma. Não vão ser milhões de caretas em pequenas gotículas de água condensada que me vão assustar. Confronto-as com o meu olhar. E, desta vez, uso o meu melhor olhar. Olho-as. E elas olham-me. Ainda tentam fazer o seu olhar mais intimidante mas não me intimidam. Eu sei que a dissipação de uma nuvem é coisa para meninos. É mesmo muito fácil. Basta que eu consiga subir um pouco a temperatura ambiente para que as suas pequenas gotículas de água comecem a evaporar. Este aquecimento adiabático matará todas as nuvens que, hoje, teimam em invadir o céu azul. Parece que o meu plano para dissipar todas estas nuvens que escurecem, hoje, o céu é perfeito! Tão perfeito quanto o acordar num dos locais dos nossos sonhos. Bem, mas não são estas nuvens que estragam, hoje, o meu dia. Estas nuvens conseguem deixar atravessar os raios de sol que iluminam a minha face. E isso é tão bom! Vou deixá-las, então, viverem mais um pouco. Serem por mais alguns momentos nuvens. Afinal elas existem, por isso, porque preocupo-me em fazê-las dissipar deste céu que, apesar de tudo, continua a ser azul. Bem, mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis
Today my words feel enlightened. They feel enlightened by the sunlight that insists on hiding among the clouds. But the sun's rays can penetrate the barrier of clouds concentrated in the sky today. But they can't scare me. They aren't really that frightening or threatening. After all, these dark and concentrated clouds that are focus, today, in the sky are nothing more than mere particles of condensed water, coming from a mechanism of water evaporation on the surface of the planet. They aren't even scary. One day I will ascend to heaven and blow them. Blow them with all my strength. I will simply blow them and see what happens. I'm sure these will move to the flavor of fine and soft wind of my breath. They will have an upward or downward movement. And if the cloud makes a face of bad guy for me I won't fear it as always. There will be millions of faces in small droplets of condensed water that will try scare me. But I will confront them with my look. And this time, I'll use my best look. I look at them. And they look at me. They will still trying to make their look more intimidating but they won't intimidate me. I know that dissipation of a cloud is for little boys. It's really easy! So I just have to get a little high the temperature so their small water droplets begin to evaporate. This adiabatic heating will kill all the clouds that, today, insist to invande the blue sky. Looks like my plan to dispel all these clouds that darken, today, the sky is perfect! As perfect as we awake on the most beautifull landscape on earth. Well, but aren't these clouds that spoil, today, my day. These clouds let the sun's rays get through them so they can brighten my face. And it's so good! It feels really good! I'll leave them live a little longer. I'll let them be, for a few more moments, clouds. After all they exist so why am I worried on making them dissipate from this sky, though, it continues to be blue. Well, but this is already another kind of words. Ana Reis
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