Avançar para o conteúdo principal

Palavras soltas (07/08/2014 - Nada/ Nothing)



As palavras soltas de hoje sentem-se impotentes. Impotentes e nada. Nada de nada. Há certas alturas na vida em que não podemos, mesmo, fazer mais nada a não ser deixar correr. Deixar que o tempo corra...  E ele corre. Corre sem que seja necessário fazer qualquer esforço! E eu não faço nada. Deixo-o apenas correr por ele. Mas parece que hoje é o veredito final. Bem, pelo menos deixamos de viver na incerteza e passamos a viver... da incerteza. Da incerteza em que já vivem algumas centenas de portugueses. Gostava que tivesse sido tudo diferente. Foi um processo de incerteza demasiado doloroso que se arrastou por mais de um ano. Acho que foram os meses mais penosos da minha vida! Mas consegui sair disto sendo uma pessoa diferente. Consegui sentir o que foi, é e continua a ser esta crise em Portugal. E não foi nada simples e, muito menos, fácil. Perdi alguns dos neurónios bons que ainda restavam no meu cérebro. Mas ainda tenho alguns! Consultas no médico, na psicóloga, ... Consultas e mais consultas... e algumas surpresas desagradáveis pelo meio... É caso para dizer: - Vida ruim essa, hein?! Mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis


Today my words feel powerless. Powerless and nothing. Nothing at all. There are moments in life that we can't do anything except let it run. Let time run ... And it runs. Runs without having to make any effort! And I do nothing. I let it just run by itself. But it seems that today is the final verdict. Well, at least we no longer live in uncertainty and we start living of ... uncertainty. Uncertainty in which a few hundred of portugueses live. I wish it had been different. It was a process of uncertainty too painful which dragged on for over a year. I think they were the most painful months of my life! But I got out of it being a different person. I could feel what was, is and remains the crisis in Portugal. And it wasn't that simple and much less easy. I lost some of the good brain cells that still left in my brain. But I still have some! Doctors, the psychologist, ... more doctors and doctors ... and some nasty surprises in between ... It's time to say: - Life is really bad, huh!? But these are already another kind of words. Ana Reis

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A Velha que vivia num sapato (Versão portuguesa (portuguese version))

Era uma vez... (ou podiam ser duas ou três) Uma velha que vivia dentro de um sapato. Mas não era um sapato qualquer! Era uma bota com alguns remendos a descoser. A morada dela era como que encantada e bela. Nas cartas que costumava escrever podia ler-se: Rua Sapato-bota, número quarenta e meio, Uma velha ao vosso serviço sem medo do alheio. Quando a primavera se lembrava de aparecer todos paravam para ver O jardim maravilhoso que aquela bota tinha. Tinha árvores e flores sem fim, E cheiros maravilhosos que se espalhavam por todo o jardim! O portão era pequeno e engraçado e estava um pouco enferrujado. O seu ferro foi envelhecendo com o passar do tempo. E sempre que o abriam era possível saber Quem lá entrava pelo barulho que ele costumava fazer. E o seu telhado era um pouco inclinado. As suas paredes já estavam um pouco gastas do tempo. E a porta estava sempre aberta para quem quisesse lá entrar. E muitos eram os que queriam a velha visitar! No seu...

Palavras Soltas (01/04/2014 Dinâmica de grupo: O Abrigo Subterrâneo)

As palavras soltas de hoje vão falar de memórias. Hoje estive a arrumar o meu sótão, em todos os sentidos, e consegui encontrar as coisas mais maravilhosas por lá perdidas e, algumas, esquecidas. Vou tentar partilhar convosco algumas delas ao longo do tempo, pelo menos as mais relevantes e, de certa forma, engraçadas. A memória de hoje vai para o meu último ano de Licenciatura. Tinha uma disciplina com o nome Dinâmica de Grupos que era bastante interessante por interagíamos muito uns com os outros e tentávamos funcionar como um grupo. Acho que foi um bom trabalho para aprendermos a trabalhar em equipa. Se bem que na prática as coisas não são tal e qual a teoria. Um dos desafios que nos foram lançados ao longo do semestre foi a dinâmica: O Abrigo Subterrâneo. E vou lançar-vos o desafio também. "Imaginem que uma cidade no mundo está sob ameaça de ser bombardeada. Aproxima-se um homem de nós e solicita-nos que tomemos uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode...

Palavras soltas - Hearts/Corações

https://www.youtube.com/watch?v=RI-HOQ27QEM As palavras soltas de hoje falam sobre corações. Existem corações feitos de caramelo. Doces. Pegajosos. Melosos. Mas nem por isso deixam de ser desejados. Nem mesmo assim as pessoas deixam de abraçá-los. Gostam da forma como ficam coladas. Pegajosas. Meladas. Alguns corações, igualmente doces, são feitos de chocolate. Seja ele leite, negro, branco, … Outros corações são frutados. Cheiram a verão independentemente da estação do ano. São frescos. Suculentos. São brisa. Há os que sabem e cheiram a café. E que deixam um aroma desperto no ar. Deixando os seus amantes embriagados. Despertos. Acordados. Depois temos os que sabem a amor. Aqueles corações que brilham quando sorriem. Aqueles corações que se esquecem das horas quando se abraçam. Aqueles corações que se tornam um quando se beijam. Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Ana Reis https://www.youtube.com/watch?v=RI-HOQ27QEM Today my words talk about hearts. Ther...