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Palavras soltas (26/03/2014 Malaysia Airlines)


Avião malaio "caiu" numa zona de icebergues e vulcões submarinos
Imagem assinala os três locais onde foram avistados destroços. A amarelo, a área em que foram vistos 122 objetos. Fotografia de REUTERS.

As palavras soltas de hoje voltam a falar do acidente do avião, neste momento, mais falado em todo o mundo!  Prometo não me alongar muito pois é um assunto que já se torna um pouco cansativo visto não termos qualquer resposta que satisfaça suficientemente as nossas dúvidas sobre o que realmente aconteceu. É muito triste ver-nos diante de uma situação destas pois vemos toda a confiança que depositamos nas pessoas envolvidas num vôo cair por terra. Agora já pensarei duas vezes antes de entrar num avião. E antes de partir terei mesmo que me despedir dos que mais amo pois nunca saberemos se esta será, ou não, a última vez que estaremos com aquelas pessoas, ... O medo está instalado, pelo menos enquanto todos nós recordarmos o desaparecimento deste avião. Não digo que seja o correto mas, também, não posso incriminar ninguém que sinta medo de voltar a entrar num avião. No post de há dias referi o quão seguro era o avião e os meios que predispomos hoje em dia para seguir um vôo são imensos e cada vez mais precisos e eficazes. Acho que é por estes motivos que não conseguimos acreditar numa simples resposta como: caiu. Tem que existir provas. As caixas negras costumam estar 30 dias a emitir sinal. Será possível que nenhum radar em todo o mundo consegue detectar esse sinal? É uma pergunta para a qual não tenho uma resposta pois sou uma leiga no que respeita a radares e caixas negras mas custa-me acreditar que seja assim tão difícil de encontrar uma resposta para o que se passou. E se me custa a acreditar nestas respostas que vão sendo noticiadas imaginem o quanto não será difícil para os familiares dos passageiros daquele vôo. Não gostaria nada de estar na posição deles e, desde já, envio-lhes muita força! Sei que não vai mudar nada mas quero que saibam que sou mais uma das pessoas que por todo o mundo assistem aos noticiários na esperança de um dia ouvir o que verdadeiramente se passou para o avião desaparecer e que partilham a mesma decepção de cada vez que a notícia não é suficientemente suficiente (peço desculpa pela redundância). As notícias que hoje correm os jornais e noticiários e toda a imprensa em geral são de que o avião da Malaysia Airlines "caiu" numa zona de icebergues e vulcões submarinos (by Augusto Correia). Os novos dados indicam que o avião caiu num local o mais longe possível de tudo, sendo o mar, à superfície, batido por ventos fortes, com icebergues a flutuar entre vagas gigantes. No fundo acidentado do oceano, na zona do Oceano Índico onde supostamente terão morrido as 239 pessoas que seguiam a bordo do Boieng 777-200 ER, há vulcões e movimentações constantes. Nas buscas estão envolvidos 6 países, apoiados por 12 aviões e outros barcos, de forma a desvendarem o mistério do vôo MH370, que terá partido de Kuala Lumpur, na Malásia, no dia 8 de Março, com destino a Pequim, na China, mas que terá findado o seu percurso milhares de quilómetros a sul, numa zona remota do Oceano Índico. A zona em causa é mais próxima da Austrália do que de qualquer outro país. A 16 de Março foram localizados os primeiros destroços por um satélite australiano e mudaram o rumo das buscas de Norte para Sul. Esta zona é considerada um deserto marinho e é temida pelos marinheiros mais experientes, denominando de "terra da sombra" (condições extremas do local: ventos fortes, paredes de água icebergues e luz muito baixa. E Erik van Sebille confirma e acrescenta que muitas vezes os barcos deparam-se com ondas de 10 a 15 metros, em caso de tempestade. Não existem provas para estas suposições, mas dizem que cada vez se avistam mais destroços, e só no dia 25/03/2014 foram detetados 122 objetos que poderão fazer parte do avião desaparecido. Os 122 objetos detetados em imagens de satélite foram obtidas pelo centro de controlo da Airbus para a Defesa e Espaço (numa zona de 400 quilómetros quadrados do oceano), de acordo com o ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein. No dia 25/03/2014, vários familiares das vítimas chinesas do avião da Malaysia Airlines realizaram protestos diante da embaixada da Malásia em Pequim, onde acusaram os representantes do governo da Malásia de "assassinos" e referiram estarem a desconfiar de que a verdade lhes está a ser escondida. O protesto partiu do hotel onde estão alojados os familiares dos passageiros chineses do vôo da companhia malaia e, no qual, têm sido realizadas as reuniões entre esses familiares e os responsáveis da Malaysia Airlines.
Tudo continua por revelar e, muitos de nós, gostaríamos de saber o que realmente se passou durante aquele vôo, mas o mais importante é que as respostas que vão surgindo amenizem e aqueçam um pouco o coração de quem viu desaparecer um ente querido de um momento para o outro num procedimento completamente normal de vôo. Força! Mas isso já são outras palavras soltas.
Satélite deteta 122 objetos que podem ser do avião da Malásia  
By Lusa.
Ana Reis





Avião malaio "caiu" numa zona de icebergues e vulcões submarinos
Malaysian plane " crashed" a zone of icebergs and submarine volcanoesImage indicates the three locations where debris was sighted . The yellow, the area in which 122 objects were seen . REUTERS Photography .

"Today these words will talk about the plane crash most known around the world, unfortunately! I promise I won't talk too much about it because it is a subject that has become a little bit tiring since we don't have any answer that satisfy sufficiently our doubts about what really happened that day. It is very sad to see happen situations like this because we all see our confidence in the people involved in a flight disappear. Now I will think twice before boarding an aircraft. And before I leave home I'll say goodbye to those I love the most because you will never know if it's or not the last time you'll be with those people... Fear is installed, at least while we all recall the disappearance of this aircraft. I'm not saying it's correct, but also I can't incriminate anyone who feels afraid to get on a plane again. In the post that I've posted a few days ago I mentioned how safe the plane was and the means predisposed to follow a flight are immense and increasingly accurate and effective. I think that it's for these reasons that we can't believe in a simple answer like: the plane fell. They have to have evidences. The black boxes are issuing signal during 30 days. Is it possible that no worldwide radar can detect this signal? It is a question for which I have no answer because I am a lay about radar and black boxes but it costs me to believe that it's so hard to find an answer to what happened. And if it costs me to believe in these answers that are being broadcasted imagine how hard would it be for the relatives of the passengers on that flight. I wouldn't like to be in their position and I send them a lot of strength! I know it will not change anything but I want you to know that I am one of those persons in the world who see the news hoping that one day I will hear what truly happened to that plane. And I share the same disappointment every time the news aren't sufficiently enough (I apologize for the redundancy). The news at newspapers and TV stations, and at all the press in general, are that the Malaysia Airlines plane " crashed" in a submarine volcanoes and icebergs ( by Augusto Correia ) zone. New datas indicate that the plane crashed in a place far away from everything, and the surface of the sea is hit by strong winds with giant icebergs floating between jobs. In the rugged bottom of the ocean, in the Indian Ocean area where supposedly are the 239 people who died aboard of Boieng 777-200 ER, there are volcanoes and constant movement. 6 countries are envolved in searches, supported by 12 aircrafts and other boats so they can unravel the mystery of Flight MH370, which have departed from Kuala Lumpur airport, Malaysia, March 8, to Beijing airport, China, but have ended its route thousands of kilometers south, in a remote area of the Indian Ocean. The area in question is closer to Australia (southwest from Perth) than any other country. On March 16 the first wreckage was located by an Australian satelite and they have changed the course of searches from North to South. This area is considered a marine desert and is feared by the most experienced sailors, calling it "land of the shadow" (extreme conditions at this location such as strong winds, walls of water, icebergs and very low light. And Erik van Sebille confirms and adds that often the boats are faced with waves of 10 to 15 meters, in stormy weather. There is no evidence for these assumptions but they say that every day they can see more wreckage, and only on 03.25.2014, 122 objects were detected that could be part of the missing plane. The 122 objects detected on satellite images were obtained from a control center by Airbus for the Defense and Space (in 400 square kilometers of ocean area), according to the Minister of Transport of Malaysia, Hishammuddin Hussein. On 03/25/2014, some families of Chinese victims of the plane of Malaysia Airlines staged protests in front of the embassy of Malaysia in Beijing, accusing government officials of Malaysia of "murderers" and said that they were suspicious of the fact that they have being hidden relevant facts. The protest started at the hotel where families of Chinese passengers flying the Malaysian company are accommodated, and where the meetings between these families and the leaders of the Malaysia Airlines have been performed .
Satélite deteta 122 objetos que podem ser do avião da Malásia  
By Lusa.
Everything continues unknown, and many of us would like to know what really happened during that flight, but the most important is that the answers that arise, soften and warm up a bit the hearts of those who saw a loved one disappear in a moment in a completely normal procedure for flight. Strength! But it is another kind of words."
Ana Reis

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