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Palavras soltas (Sailor/ Marinheira)



As palavras soltas de hoje falam sobre navegar. Nunca tive a ambição de ser marinheira. Marinheira de água doce ou de água salgada. Nunca pensei mesmo em ser marinheira. Se gosto do mar?! Sim. Adoro o mar. O mar é música e tela para os meus ouvidos e olhos, respetivamente. Mas nem a minha adoração pelo mar me faz querer ser marinheira. A minha última experiência, como marinheira, não correu nada mal. Diverti-me muito. E conheci pessoas novas. (Acho que, se as vir agora, já não as reconheço! Desculpem!) Tive direito a prova de vinhos e degustação de produtos regionais. Mas o melhor foi mesmo o pôr do sol e os golfinhos. A primeira vez que fui marinheira, tinha eu perto de 5 anos, foi muito engraçado. Foi num lago. E o meu padrinho remador não sabia remar. Ou melhor, soube remar até ao centro do lago, mas não soube trazer-nos de volta à margem nem fazer-nos passear ao longo do lago. Lembro-me perfeitamente da minha madrinha sempre a reclamar com ele. Quando, finalmente, regressamos à margem eu fui a correr para os braços dos meus avós e, quando me pediram para lhes contar como foi a experiência só consegui dizer-lhes que andei de barco parado. As crianças são sempre sinceras. E eu fui. Tenha eu repetido algo que ouvi, ou tenha eu criado na minha cabeça essa imagem. Tive uma experiência como marinheira que foi traumatizante. Foi traumatizante porque não fiquei muito bem depois de ter estado uns dias num barco. Em primeiro eu pensei que fossem as minhas quebras de tensão habituais. (Muito comuns em quem tem tensões de "passarinho" - como se eu soubesse como são as tensões de um passarinho.) Bebi água com açúcar. Pensei que fosse o calor ou uma quebra normal de açúcar no sangue. Nada resolvia o meu problema, a não ser voltar para o barco. Sim, porque as minhas crises só ocorriam fora do barco, em terra firme. Quando regressei a casa, pensei que já tinha a situação controlada. Um dia, vou a caminhar tranquilamente no corredor e colapso contra a parede. E não, ninguém me empurrou. Simplesmente fui colapsar contra a parede. Explicação para isto... Os meus ouvidos adoram ser marinheiros! Mas obrigada! Não gostei da sensação. Prefiro terra firme. Eu não nasci mesmo para ser marinheira. Segurem-me! Pés bem pousados no chão e, de preferência, em terra bem firme. Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Ana Reis



Today my words talk about sailing. I never had the ambition to be a sailor. A fresh or salt water sailor. I never really thought about it. Do I like the sea?! Yes. I love the sea. The sea is music and art to my ears and eyes, respectively. But not even my sea adoration makes me want to be a sailor. My last experience as a sailor was calm. I had a lot of fun. And I met new people. (I think, if I see them now, I don't recognize them anymore!) I had the right to taste wine and regional products. But the best things were the sunset and the dolphins. The first time I was a sailor, I had about 5 years, it was so funny. It was in a lake. And my rowing godfather didn't know nothing about rowing. Well, he knew how to row to take to the center of lake, but he wasn't abble to row back or to make us travel along the lake. And I can, perfectly, remember my godmother complaining to him. When we finally returned back, I ran into the arms of my grandparents, and when they asked me how was my experience I've told them that I had been on a trip in a stopped boat. The children are always sincere. And I was. Maybe I've repeated something that I have heard, or maybe I created this image in my head. It was really funny! I had one experience as a sailor that was traumatic. It was traumatic because I hadn't felt very well after being on a boat for a few days. At first I thought it was my usual low blood pressure. (Very common in those who have "birdie" blood pressure - as if I knew what are the values for birdies blood pessure.) I drank water with sugar. I thought it was the heat or a normal blood sugar prolapse. Nothing solved my problem, except returning to the boat. Yes, my crises only occurred outside the boat, on land. When I returned home, I thought I had the situation under control. One day, I was walking quietly on the hall when I collapsed against the wall. And no, no one pushed me. I simply collapsed against the wall. Explanation for this. My ears love to be sailors! But thanks! I didn't like the feeling. I prefer solid ground. I wasn't born to be a sailor. Hold me! I have my feet flat on the ground, preferably on firm ground. Well, but these are already another kind of words. Ana Reis

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