As palavras soltas de hoje falam sobre bebés. A minha experiência com bebés, neste preciso momento, é praticamente nula. Os meus primos já cresceram. As minhas amigas vão tendo bebés e familiares também. Mas o contacto direto e diário, neste momento, não existe. Mas ontem estive com uma bebé que nasceu há apenas um mês. Olhei-a e pareceu-me muito pequena. Aliás, para vos explicar melhor a minha observação, só comparando com uma formiga e um elefante. E que fique bem claro que eu seria o elefante e a bebé a formiga. Podem pensar que é exagero meu mas não é. Eu, que já não via um bebé tão pequeno há mesmo muitos anos, achei mesmo que a bebé era demasiado pequena para os meus braços. Quando a sua mãe me pergunta, ou melhor, afirma que eu posso pegar nela, o primeiro pensamento na minha cabeça foi: problemas! Não que um bebé seja um problema. Também depende da perspetiva. Mas tornou-se um problema ver os meus braços tão longos e uma bebé tão pequenina para carregar neles. O mais difícil naquele processo todo de adaptação da enormidade dos meus braços à pequenez da bebé foi mesmo a cabeça dela. Nunca pensei que a sua cabeça baloiçasse tanto. Já não me lembrava que era assim tão terrivelmente instável. Se apoiava com a minha mão a sua cabeça sentia que a ia esmagar com a minha mão. Se apoiava com os meus braços sentia que a ia perder. Foi um momento de tensão até conseguir sentir que eu lhe estava a dar segurança. E dei tanta segurança que, enquanto a embalava no meu colo, ela agarrou, com a sua pequena mão, o meu cabelo com força. Devia estar mesmo a sentir-se muito segura. Não! Claro que não! Mas o que poderia eu estar a fazer mal?! Eu até lhe dei o biberão e fi-la arrotar. E deixei que ela bolsasse para a minha roupa. Será que não foi suficiente?! Talvez não tenha sido mesmo suficiente. Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Ana Reis
Today my words talk about babies. My experience with babies, right now, is practically none. My cousins have grown up. My friends and family are having babies... But the direct and daily contact, at this moment ,doesn't exist. But yesterday I was with a baby that was born just a month ago. I looked at her and she looked very small. In fact, to explain better, only comparing with an ant and an elephant. And to make it clear I would be the elephant and the baby the ant. You may think that I am making this bigger than it is but it isn't. I had not seen such a small baby for so many years that it made me thought that the baby was too small for my bigger arms. When her mother asks me, or rather, states that I can hold her in my arms, the first thought I had in my head was: trouble! It's not because a baby is really a problem. It also depends on the perspective. But it became a problem to see my arms so long and such a tiny baby to carry on them. The most difficult part of that process of adapting the enormity of my arms to the smallness of the baby was really her head. I never thought that her head could swinging so much. I no longer remembered that it was so terribly unstable. If I hold her head with my hands I felt I would crush it. If I hold her with my arms I felt I would lose her. It was a moment of tension until I could feel that I was reassuring her. And she felt so safe that while I cradled her in my lap she grabbed my hair tightly with her small hand. She have felt very safe, that's for sure. No! Of course not! But what could I be doing wrong?! I gave her milk and helped her to belch. And I let her throw up on my clothes. Wasn't that enough?! Maybe it wasn't really enough. Well, but these are already another kind of words. Ana Reis
Comentários
Enviar um comentário