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Palavras soltas (31/01/2014 A "Passada")

Hoje vou escrever algumas palavras. Há dias em que apetece-me. Outros há que nem as posso ver à frente. Mas hoje estou em dia SIM. SIM às palavras! SIM a escrever! SIM a partilhar convosco mais um momento da minha vida o qual espero, como todos os outros, que vos ajude e inspire. Ou então, que sirva, tão somente, como mero meio de entretenimento. Por vezes as palavras dos outros não nos dizem assim tanto mas servem para passar um bom bocado. Proporcionam-nos um agradável momento de leitura. Esta semana dei um passo gigante na minha vida. Finalmente pensei com cabeça no ar e pés bem assentes na terra. Há sempre um momento na vida em que precisamos de olhar mais por e para nós. E foi o que, finalmente, fiz. Acho que ainda é cedo para dizer se foi bem sucedido ou não mas, pelo menos, já dei o primeiro passo. Menos mal. Este passo começou no final do dia. Estava ao telefone com uma daquelas amigas, AMIGAS. Felizmente existem pessoas que sabem quando são precisas. Foi no momento certo. Na hora H. Podemos estar alguns dias, algumas semanas, às vezes meses sem falar mas quando falamos estamos ao telefone uma hora, duas horas, três horas, ... Sinto que só não estamos mais horas porque as nossas necessidades fisiológicas não nos permitem. E neste dia estivemos uma hora e meia ao telefone. Mas não foi a fisiologia que nos interrompeu! Falamos sobre tudo! Tivemos assunto para cada segundo. Falamos da nossa paixão pelo teatro. Passando pela nossa vida mais atribulada. E terminando, que é como quem diz, na parte familiar. E foi aí, daí não ser terminando, que a meio da nossa conversa a chamada "caiu". Fogo! Já passou uma hora e nem demos por nada! Porque é que eles fazem sempre isto!? Até parece que está alguém a ouvir as conversas ou a cronometrá-las. Mas nem quero pensar muito nisso. Volto a ligar-lhe. Ups! Ela não atende. O que terá acontecido!? Será que aproveitou para fazer alguma coisa?! Bem depressa concluí que não. Olho para o telemóvel e lá está. Uma chamada dela a entrar no meu dispositivo móvel. Atendo. Continuamos a conversa como se nada tivesse acontecido. Depois ouço um som de carro a entrar numa garagem. Ela estava a chegar a casa. E penso que deve ficar sem rede dentro de breves segundos. E assim foi. A chamada voltou a "cair". E foi também nesse momento que ouço o meu nome a ser chamado para entrar na consulta. Já não consegui ligar-lhe novamente. Coloquei o telemóvel  em silêncio e segui a Dr.ª. Quando saí já vinha mais inspirada. Um pouco abatida por causa da intensidade dos assuntos abordados. Mas realizada. Consegui! Afinal não custa assim tanto. Foi uma bela "Passada"! Bem, mas tenho que ligar a avisar que só saí agora. É que em vez de trinta foram cinquenta minutos de consulta! Olho o telemóvel e tenho duas chamadas dela. E uma mensagem com um beijinho. E o que vocês não sabem e talvez não entendam é que aqueles dois momentos uniram-se. A chama telefónica e a consulta tornaram-se uma só. Até parece que a Dr.ª adivinhou! E todo o meu dia, sem aperceber-me, resumiu-se àqueles dois momentos maravilhosos.

Ana Reis

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