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Palavras soltas (01/12/2014 -Penas/ Feathers)



As palavras soltas de hoje sentem-se pressionadas. E não é nada fácil livrar-me desta maldita pressão. Não é fácil e o peso que recai sobre os meus ombros é o equivalente a uma tonelada de penas. E, para complicar, a esta pressão anormal junta-se a pressão atmosférica que me faz ficar corcunda. Que me faz perder altura. Que me conduz a uma pequenez já habitual. Trazendo, consigo, o meu envelhecimento precoce ou, então, não. E para livrar-me do peso da pressão atmosférica contrario-a. Insisto em contrariá-la para que ela se canse e desista de exercer qualquer tipo de força  sobre mim. Vou rodear-me de pilares de aço e betão para que todas as penas e atmosferas fiquem suspensas. Para que não me toquem. Para que não deformem ou transformem o meu ser em algo que ele lentamente e naturalmente será. Bem mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis




Today my words feel the pressure on them. And it's not easy to get rid of this damn pressure. It isn't easy and the burden on my shoulders is equivalent to a ton of feathers. And to complicate everything the atmospheric pressure joins this abnormal pressure and makes me hump. And it's what makes me lost height. Which leads me to an usual smallness. Bringing my premature aging or not. And to get rid of the atmospheric pressure weight I have to counter it. I insist on counter it so it gets tired and gives up to exercise any kind of pressure on me. I will surround myself with steel and concrete pillars so all these feathers and atmospheres remain suspended. So they can't touch me. So they can't deform or transform my being into something that it would become slowly and naturally in the future. Well but this are already another kind of words. Ana Reis

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