Avançar para o conteúdo principal

Palavras soltas (03/04/2014 Amor / Love)

As palavras soltas de hoje vão falar sobre o amor. Poderiam falar sobre qualquer tipo de amor, mas não, falarão sobre o amor. E porque para falar de amor terei obrigatoriamente que falar sobre ti.
Mas antes de falar de ti e, por isso, de amor, irei falar sobre flores. Queria receber uma rosa. Uma rosa vulgar. Daquelas com espinhos e tudo! Daquelas que picam e magoam ao picar. Queria que a minha rosa oferecida fosse assim. E que fosse somente para mim!
E antes de falar de amor e, por isso, de ti, irei falar de estações do ano. Conto as horas. Conto os dias. Conto as vidas que por mim passam. E conto cada coisa que me rodeia e que preenche os meus dias. Todas as pessoas sorriem por cada raio de sol que lhes toca levemente a face. As crianças brincam alegremente no recreio da escola. As árvores pavoneiam-se com a sua folhagem verdejante. Enfim, o mundo todo prepara-se para a estação das flores!
E agora já posso falar de amor e, por isso, de ti. Sorri. Por cada sorriso que fazes é uma vida que nasce e uma outra que morre. Ontem sonhei mais alto. Gostava de ser uma estrela. E sempre que tu para o céu olhasses com esses teus olhos encantados eu por lá ficaria só para os poder ver brilhar! E de cada vez que os tivesses que fechar a minha luz apagaria, deixando o mundo na escuridão. E que momento triste seria! Mas quando os voltasses a abrir o mundo... Sim, o mundo, teria que fechar os seus olhos ou a minha luz cegá-los-ia. Quando olhas para mim fico sem palavras. Sinto-as fugir da minha boca! Podes pensarque sim, que sou uma tola! Mas desde já ficas a saber que só tu pensas isso de mim!
Cheguei mesmo a tocar o céu, a carregar uma estrela na aba do meu chapéu! Sonhar... Sonhar que sou o mais alto rei. A mais bela princesa. Um supremo e cobiçado sultão... Tudo não passa de um sonho. De um sonho ou de uma ilusão perdida. De uma traição ou de uma triste partida. Infelicidade de sentir... de viver e sentir... de viver sentindo, sem poder controlar. Ai... Ai... Suspiros de dôr, ... Suspiros de amor, ... Onde estais? Se soubesse falar sem palavras usar conseguiria interpretar melhor o mundo! Por cada raio de sol que brota por entre as nuvens ouve-se o som das flores a crescerem lentamente. No mar os peixes cantam. Festejam o nascer do sol. Pulam de alegria. Partilham energia. Que palavras doces. Que melodia para os ouvidos. Sinto o coração pular. As pernas tremem. Só me apetece gritar e rir! Canto esta bela melodia. É chegado o amor!
E estas foram as diversas interpretações do amor que ao longo dos tempos foram passando por mim. Algumas são de 2004, outras de 2005, mas todas elas fazem parte de um pedaço da minha vida. Mas isso já são outras palavras soltas.
Ana Reis

"Today I'll talk about love. I could talk about any kind of love, but I'll just speak about love. And because to speak of love I will necessarily talk about you.

But before talking about you and therefore love, I will talk about flowers. I'd like to receive a rose. A common rose. Those with thorns and all! Those that bite and sting to hurt. I wanted my rose to be offered as well. And that that rose was given only to me!
And before I talk about love and therefore you, I will talk about the seasons. I count the hours. I count the days. I count the lives that pass me by. And I count everything that surrounds me and fills my days. All people smile because of each ray of sunshine that brushes their face. Children play happily in the school playground. Trees strut with its verdant foliage. Anyway, everyone prepares themselves for the season of flowers!
And now I can talk about love and therefore you. I smiled. For every smile you do is a life that is born and another that dies. Yesterday I dreamed highest. I like to be a star. And whenever you look to the sky with your enchanted eyes I would stay there only to see them shining! And each time that you had to close your eyes my light fade, leaving the world in darkness. And that would be a sad hour! But when you open again your eyes the world ... Yes , the world would have to close their eyes or my light would blind them. When you look at me I'm without any words. I feel them escaping from my mouth! You can think that I'm a fool! But you must know that you are the only one that think that about me!
I even touch the sky, carrying a star on my hat brim! Dreaming... Dreaming that I'm the highest king. The most beautiful princess. A supreme and coveted Sultan ... It is all a dream. A dream or a lost illusion. A betrayal or a sad departure. Misfortune to live and feel ... feel ... living feeling without any control of it. Ai... Sighs of pain, ... Sighs of love, .. Where are you? If I could speak without using any words I could better interpret the world! For every ray of sunshine that flows through the clouds we can hear the sound of flowers growing slowly. In the sea fishes sing. They celebrate the sunrise. They jump of joy. They share power. What sweet words! What melody to my ears! I feel my heart beating. My legs tremble. I just want to scream and laugh! I sing this beautiful melody. Love has come!
And these were the different interpretations of love over the years that passed through me, through my life. Some are from 2004, others from 2005, but all of them are part of a piece of my life. But it is already another kind of words.
Ana Reis"

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A Velha que vivia num sapato (Versão portuguesa (portuguese version))

Era uma vez... (ou podiam ser duas ou três) Uma velha que vivia dentro de um sapato. Mas não era um sapato qualquer! Era uma bota com alguns remendos a descoser. A morada dela era como que encantada e bela. Nas cartas que costumava escrever podia ler-se: Rua Sapato-bota, número quarenta e meio, Uma velha ao vosso serviço sem medo do alheio. Quando a primavera se lembrava de aparecer todos paravam para ver O jardim maravilhoso que aquela bota tinha. Tinha árvores e flores sem fim, E cheiros maravilhosos que se espalhavam por todo o jardim! O portão era pequeno e engraçado e estava um pouco enferrujado. O seu ferro foi envelhecendo com o passar do tempo. E sempre que o abriam era possível saber Quem lá entrava pelo barulho que ele costumava fazer. E o seu telhado era um pouco inclinado. As suas paredes já estavam um pouco gastas do tempo. E a porta estava sempre aberta para quem quisesse lá entrar. E muitos eram os que queriam a velha visitar! No seu...

Palavras Soltas (01/04/2014 Dinâmica de grupo: O Abrigo Subterrâneo)

As palavras soltas de hoje vão falar de memórias. Hoje estive a arrumar o meu sótão, em todos os sentidos, e consegui encontrar as coisas mais maravilhosas por lá perdidas e, algumas, esquecidas. Vou tentar partilhar convosco algumas delas ao longo do tempo, pelo menos as mais relevantes e, de certa forma, engraçadas. A memória de hoje vai para o meu último ano de Licenciatura. Tinha uma disciplina com o nome Dinâmica de Grupos que era bastante interessante por interagíamos muito uns com os outros e tentávamos funcionar como um grupo. Acho que foi um bom trabalho para aprendermos a trabalhar em equipa. Se bem que na prática as coisas não são tal e qual a teoria. Um dos desafios que nos foram lançados ao longo do semestre foi a dinâmica: O Abrigo Subterrâneo. E vou lançar-vos o desafio também. "Imaginem que uma cidade no mundo está sob ameaça de ser bombardeada. Aproxima-se um homem de nós e solicita-nos que tomemos uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode...

Regressos / Returns

  As palavras soltas de hoje falam sobre regressos. Já há muito tempo que não as escrevo. E tanto tempo há que vocês não as leem. Por isso, hoje, resolvi escrevê-las. Estas pequenas palavras. Livres. Soltas. Tal como sempre vos habituei. E regressar traz sempre um sentimento agridoce. Tanto de excitação como de medo. As palavras soltas têm destas coisas. Sempre que escrevo deixo que seja o meu cérebro a comandar as minhas palavras. Ou serão as minhas palavras que controlam o cérebro?! Lidar com os pensamento enquanto escrevo é obrigatório. Não tenho escapatória possível. E, assim, regresso. Regresso ao meu mundo. Aquele mundo onde escrevo e desenho. Alio duas áreas da criatividade que sempre amei. E não me importo de viver aqui. Neste meu mundo de criatividade. Sinto-me abraçada sempre que o faço. Escrever. Desenhar. E regressar. Bem-vindas queridas palavras soltas! Que este seja um regresso para ficar. Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Today's words will talk about ret...