As palavras soltas de hoje falam sobre aquários. Falam sobre os aquários em que vivemos. Feitos de madeira, vidro, metal, betão. Feitos de sonhos, nuvens, amor ou paixão. Feitos de pequenos sussurros, suspiros e desabafos. Feitos de poeiras, ventos e tempestades. Feitos de sol. Ouvem-se as vozes do vento. E não são os peixes que falam nos seus aquários. Esperança. Enche-se o ar de vozes e não é a noite nem o dia que falam. E os peixes escutam. Escutam mas não ouvem nada. E continuam a ser peixes. Sem ambições, corações, ou sonhos. Sem abraços, beijos, ou carinhos. Sem amor. Sem independência ou vontade própria. Assim vivem os peixes tendo como espectadores os verdadeiros peixes. Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Ana Reis
Today my words talk about aquariums. It's all about the aquariums we live in. Some made of wood. Others made of glass. Some made of metal. Others made of concrete. Some made of dreams, clouds, winds and storms. Others made of sun. Wind voices in the air. And it's not fishes voice. Hope. And the air is full of voices but they are not from the night or day. And fishes are listening. They are listening but they can't hear a thing. And so they still being fishes. Without any ambitions, hearts, dreams. Without any hugs, kisses or caresses. Without any love. Without Independence or self-will. This is fish life. And real fishes are watching them. Well, but these are already another kind of words. Ana Reis
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