https://www.youtube.com/watch?v=44Qh0p9xE6o
As palavras soltas de hoje falam sobre despentear. Perco-me nas mil e uma folhas que já rasguei a tentar desenhar o teu rosto. Escrevo pautas musicais na esperança de conseguir encontrar o som a tua voz. Olho o sol e fecho os olhos a imaginar a cor dos teus cabelos, bem como o cheiro do teu champô. Não sei como é a tua boca nem o cheiro da tua pele. Rasgo mais umas folhas de tentativas falhadas a perceber a maciez das tuas mãos. Já não sei mais nada, muito menos se quando te vir te reconhecerei pela luz dos teus olhos. Não fiques zangado comigo se eu te despentear o cabelo. Pego num lápis, uma vez mais, e desenho-te. Despenteio-te. Esboço-te. E mesmo despenteado és bonito. Desenhar-te foi a forma que encontrei para estar, platonicamente, mais perto de ti. Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Ana Reis
https://www.youtube.com/watch?v=44Qh0p9xE6o
Today my words talk about messing up hairs. I lose myself between the thousand sheets that I have already cut up trying to draw your face. I write musical guidelines trying to find the sound of your voice. I look at the sun and close my eyes to imagine the color of your hair, as well as the smell of your shampoo. I don't know how your mouth looks like or the smell of your skin. I bring more sheets of failed attempts to find the softness of your hands. I don't know anything else, neither if I will recognize you by seeing the light in your eyes. Don't be angry with me if I mess up your hair. I pick up a pencil once more and draw you. I'll mess up your hair. I'll draw you. And even you're unkempt, you're handsome to my eyes. Drawing you was the way I found to be, platonically, closer to you. Well, but these are already another kind of words. Ana Reis
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