https://www.youtube.com/watch?v=Z8SYtmvEI9U
As palavras soltas de hoje interrogam-se. Perguntam-se os homens. Perguntam-se. Como se pergunta as horas a um estranho na rua. Perguntam-se sem, nunca, obterem resposta. Perguntam-se as multidões. Entreolham-se e perguntam-se. Como se perguntar fosse um mero piscar de olhos. Como se perguntar não tivesse, subentendido, um ponto de interrogação. Perguntam-se os poetas. Os poetas sempre foram os reis e senhores das interrogações. Perguntam-se. Porque se perguntam? Não sei. Ninguém sabe. Bem, mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis
https://www.youtube.com/watch?v=Z8SYtmvEI9U
Today my words ask themselves. The human kind ask themselves. They ask themselves. Just like we ask the hours to a stranger on the street. They ask themselves without ever getting an answer. The crods ask themselves. They look at each other and ask themselves. JThey ask themselves as a blink of an eye. As if to ask didn't have implied a question mark. The poets ask themselves. Poets have always been the kings and lords of the questions. They ask themselves. Why do they ask? I don't know. Nobody knows. Well, but this is already another kind of words. Ana Reis
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