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Palavras soltas (11/08/2015 Words vs Silence / Palavras vs Silêncio)


As palavras soltas de hoje falam. Falam mas nem sempre acertam. Apenas falam. Falam sobre palavras. Contam-nas. Contam-nas, não porque o seu número importa mas porque as histórias que cada palavra tem para contar importam. E importam porquê? Porque as palavras contam-nos sempre histórias maravilhosas. Histórias ordenadas, ou não. Algumas desordenadas, ou não. Contam-nos histórias sobre amores e desamores. Histórias de outros tempos e atuais. Contam-nos tudo e mais alguma coisa. Contam-nos e nós contamo-las a elas. A elas e a elas. Palavras e mais palavras. Palavras adocicadas. Algumas agridoce. Palavras cozinhadas. Algumas bem passadas. Outras a ver-se o sangue a cada garfada. Palavras e mais palavras. As palavras são assim. Vêm de longe ou moram bem perto. Escondem-se. Outras são descaradas. As palavras são assim, assim-assim. Vão sendo. Vão vivendo. Vão falando. Algumas pouco ou nada dizem. Outras são muito certeiras. As palavras mudam. Mudam como o vento... e o tempo. Mudam. E não avisam ninguém. Não é seu dever avisar. Não avisam. Entram de rompante. Ou com pezinhos de lã. Silenciosas. Silêncio. E já não existem palavras. Bem, mas isto são outras palavras soltas. Ana Reis


Today my words want to speak. And they speak but they are not always right. They just speak. They talk about words. They speak about them. And why are their stories important? Because words always tell us wonderful stories. Ordered stories, or not. Some disordered, or not. They tell us stories about love and not. Stories about oldays and about nowadays. They tell us everything and anything. They tell us and we tell them. Words and more words. Ssweetened words. Some bittersweet. Cooked words. Some well spent. Others we can see blood at every bite. Words and more words. Words are like that. They come from faraway or live nearby. They hide themselves. Others are blatant. Words are so, so-so... they go living theis lives. They go speaking. Some say little or nothing. Others are very well-aimed. Words change themselves. They change as the wind ... and as the time. Change. And don't tell anyone. It isn't their duty to warn us. They don'tt warn us They come thundering. Or with wool feet. Silently. Silence. And there are no longer words. Well, but these are already another kind of words. Ana Reis

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