Avançar para o conteúdo principal

Palavras soltas (01/06/2015 - Imagination/ Imaginação)



As palavras soltas de hoje sentam-se na margem de um rio a pensar. A pensar e a observar. A água corre. Mesmo que nos pareça parada. Congelada pelo frio que já se fez ou faz-se sentir. Ela corre. E o calor que hoje nos abraça e aos nossos corações também derrete todo e qualquer gelo que ainda possa existir nestas águas. É um frenesim de ritmos. Alguns redemoinhos. Alguns fluem na direcção do mar tentando escapar a todo e qualquer movimento menos convencional que possa existir em toda aquela corrente. A água corre. O destino é todo ele o mesmo. E cada gota de água que compõe aquela corrente já sabe o que a espera. E que não pode escapar. Por mais curvas e contra-curvas que o caminho lhes desenhe o destino é sempre o mesmo. E eu continuo sentada, aqui, junto à margem a observá-las. Não que os meus olhos as consigam distinguir. Mas isso não importa. São todas uma só. Trabalham para o mesmo fim. Bem, mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis



Today my words just sit here next the river thinking. And they think about everythig and anything and observe. Water flows. Even if it seems to stop. Frozen by the cold that has been or is felt. It runs. And the high temperatures that now embraces us and our hearts also melts any ice that may still exist in this water. It is a frenzy of rhythms. Some swirls. Some flow towards into the sea trying to escape to any unconventional move that may exist throughout that chain. Water flows. The destination is the same to all those drops of water. And every drop of water that makes up that chain already knows what to expect. And they can't escape. Even there are more twists and curves drawing their path, the way into their destination is always the same. And I keep sitting here, next to the river, watching them. Not that my eyes can distinguish them. But that doesn't really matter. They are all one. They work for the same purpose. Well, but this is already another kind of words. Ana Reis

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A Velha que vivia num sapato (Versão portuguesa (portuguese version))

Era uma vez... (ou podiam ser duas ou três) Uma velha que vivia dentro de um sapato. Mas não era um sapato qualquer! Era uma bota com alguns remendos a descoser. A morada dela era como que encantada e bela. Nas cartas que costumava escrever podia ler-se: Rua Sapato-bota, número quarenta e meio, Uma velha ao vosso serviço sem medo do alheio. Quando a primavera se lembrava de aparecer todos paravam para ver O jardim maravilhoso que aquela bota tinha. Tinha árvores e flores sem fim, E cheiros maravilhosos que se espalhavam por todo o jardim! O portão era pequeno e engraçado e estava um pouco enferrujado. O seu ferro foi envelhecendo com o passar do tempo. E sempre que o abriam era possível saber Quem lá entrava pelo barulho que ele costumava fazer. E o seu telhado era um pouco inclinado. As suas paredes já estavam um pouco gastas do tempo. E a porta estava sempre aberta para quem quisesse lá entrar. E muitos eram os que queriam a velha visitar! No seu...

Palavras Soltas (01/04/2014 Dinâmica de grupo: O Abrigo Subterrâneo)

As palavras soltas de hoje vão falar de memórias. Hoje estive a arrumar o meu sótão, em todos os sentidos, e consegui encontrar as coisas mais maravilhosas por lá perdidas e, algumas, esquecidas. Vou tentar partilhar convosco algumas delas ao longo do tempo, pelo menos as mais relevantes e, de certa forma, engraçadas. A memória de hoje vai para o meu último ano de Licenciatura. Tinha uma disciplina com o nome Dinâmica de Grupos que era bastante interessante por interagíamos muito uns com os outros e tentávamos funcionar como um grupo. Acho que foi um bom trabalho para aprendermos a trabalhar em equipa. Se bem que na prática as coisas não são tal e qual a teoria. Um dos desafios que nos foram lançados ao longo do semestre foi a dinâmica: O Abrigo Subterrâneo. E vou lançar-vos o desafio também. "Imaginem que uma cidade no mundo está sob ameaça de ser bombardeada. Aproxima-se um homem de nós e solicita-nos que tomemos uma decisão imediata. Existe um abrigo subterrâneo que só pode...

Regressos / Returns

  As palavras soltas de hoje falam sobre regressos. Já há muito tempo que não as escrevo. E tanto tempo há que vocês não as leem. Por isso, hoje, resolvi escrevê-las. Estas pequenas palavras. Livres. Soltas. Tal como sempre vos habituei. E regressar traz sempre um sentimento agridoce. Tanto de excitação como de medo. As palavras soltas têm destas coisas. Sempre que escrevo deixo que seja o meu cérebro a comandar as minhas palavras. Ou serão as minhas palavras que controlam o cérebro?! Lidar com os pensamento enquanto escrevo é obrigatório. Não tenho escapatória possível. E, assim, regresso. Regresso ao meu mundo. Aquele mundo onde escrevo e desenho. Alio duas áreas da criatividade que sempre amei. E não me importo de viver aqui. Neste meu mundo de criatividade. Sinto-me abraçada sempre que o faço. Escrever. Desenhar. E regressar. Bem-vindas queridas palavras soltas! Que este seja um regresso para ficar. Bem, mas estas já são outras palavras soltas. Today's words will talk about ret...