As palavras soltas de hoje sentam-se na margem de um rio a pensar. A pensar e a observar. A água corre. Mesmo que nos pareça parada. Congelada pelo frio que já se fez ou faz-se sentir. Ela corre. E o calor que hoje nos abraça e aos nossos corações também derrete todo e qualquer gelo que ainda possa existir nestas águas. É um frenesim de ritmos. Alguns redemoinhos. Alguns fluem na direcção do mar tentando escapar a todo e qualquer movimento menos convencional que possa existir em toda aquela corrente. A água corre. O destino é todo ele o mesmo. E cada gota de água que compõe aquela corrente já sabe o que a espera. E que não pode escapar. Por mais curvas e contra-curvas que o caminho lhes desenhe o destino é sempre o mesmo. E eu continuo sentada, aqui, junto à margem a observá-las. Não que os meus olhos as consigam distinguir. Mas isso não importa. São todas uma só. Trabalham para o mesmo fim. Bem, mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis
Today my words just sit here next the river thinking. And they think about everythig and anything and observe. Water flows. Even if it seems to stop. Frozen by the cold that has been or is felt. It runs. And the high temperatures that now embraces us and our hearts also melts any ice that may still exist in this water. It is a frenzy of rhythms. Some swirls. Some flow towards into the sea trying to escape to any unconventional move that may exist throughout that chain. Water flows. The destination is the same to all those drops of water. And every drop of water that makes up that chain already knows what to expect. And they can't escape. Even there are more twists and curves drawing their path, the way into their destination is always the same. And I keep sitting here, next to the river, watching them. Not that my eyes can distinguish them. But that doesn't really matter. They are all one. They work for the same purpose. Well, but this is already another kind of words. Ana Reis
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