As palavras soltas de hoje sentem-se contadoras de histórias. Histórias. Histórias que nos enchem os dias sem darmos conta. Todos nós as temos. Todos nós as escutamos. Todos nós as fazemos. Todos nós somos e fazemos parte das histórias. Histórias. E quem as conta? Quem as conta não são mais do que contadores de histórias. Contadores de histórias que costumam sussurrá-las ao ouvido. Sussurram-nas no nosso ouvido para que mais ninguém as ouça. Mas acabam todos, todos os que querem, por ouvir. E não há problema nenhum porque as histórias são assim, não gostam de ficar fechadas nas nossas mentes, por vezes, pequenas para tantas histórias. Se eu pudesse escreveria todas as histórias em folhas de papel. Em post-its com super cola. E colaria cada um deles na testa das pessoas para que, de cada vez que nos cruzássemos na rua, parássemos um pouco a ler as histórias. Talvez assim começássemos a olhar e a reparar nas pessoas. Perdemos tanto tempo com coisas altamente supérfluas que, às vezes, sinto medo. E porque não perder um pouco do nosso tempo a olhar as pessoas nos olhos? Os olhos são o espelho da alma. Os olhos falam mais do que mil palavras. Os olhos falam mais alto. Talvez assim as histórias fossem mais especiais. Porque cada história é especial à sua maneira. Mas ninguém repara nisso porque não. Porque o tempo é escasso quando olhámos apenas para nós. E, muitas das vezes, nem é para nós que olhámos mas para todos os artifícios que nos rodeiam. Artifícios esses que, muitas das vezes, são meras distracções. E as pessoas têm alma e os artifícios não. Bem mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis
Today my words are storytellers. Stories. Stories that fill our daily routine without anyone realize it. We all have stories. We all listen to stories. We all make stories. We are and we are part of the stories. Stories. And who used to tell them? Storytellers. Storytellers who often whisper them in our ear. Whisper them in our ear so no one else can hear. But in the end everyone, everyone that want to, can hear them. And there is no problem because stories don't like to be closed in our minds, because our minds are really small for so many stories. If I could I'd write all the stories on a paper. On post-its with superglue. And I would stick each one in the head of people so every time we cross the street, we stopped a bit to read the stories. Maybe it's a way to make us look and notice the people that use to surround us every single day. We lost so much time with highly superfluous things that, sometimes, I feel fear. And why can't we take a part of our time and use it to take a look at the eyes of the people? Eyes are the mirror of the soul. Eyes speak more than a thousand words. Eyes speak louder than anything. Maybe this is the only way to make stories more special. Because each story is special in its own way. But nobody notices it. Because time is too short when we only care about us. And, often, it is not about us but we only care about all the "things" that surround us. These "things" that are mere distractions. And people have souls and "things" don't. Well but this are already another kind of words. Ana Reis
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