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Palavras soltas (02/11/2015 - Absence)





As palavras soltas  voltaram após algum tempo de ausência. Ausência física não psíquica. As palavras soltas estão sempre presentes mesmo que ausentes. Estão presentes porque sim. Porque ficam sempre presas a uma folha de papel, a um pedaço de papel perdido no bolso das minhas calças ou do meu casaco. Algumas ficam penduradas nas linhas soltas da minha mente, dos meus pensamentos. Destas, algumas caem ficando perdidas no imenso chão que vou pisando. Outras ganham asas. Mas não vão tão longe quanto a minha imaginação. Essa, sim, consegue voar. Nenhuma palavra é desperdício ou desperdiçada. Todas elas são úteis. Mesmo as inúteis fazem-nos aprender. Crescer. Torno-me gigante aos meus olhos e pequena aos olhos dos outros. Mas que importância têm os outros quando a gigante sou eu perante os meus olhos. Palavras que me fizeram crescer. Ou a falta delas. Bem, mas isto já são outras palavras soltas. Ana Reis


Today my words return after some time being away. Not psychic just physical absence. My words are always present even absent. They are present just because they are. Because they are always attached to a sheet of paper, to a piece of paper lost in the pocket of my pants or my coat. Some are hanging on the lines that falls from my mind, from my thoughts. Some of these just fall getting lost in the ground where I stand. Other gain wings. But they don't go as far as my imagination. They can't. They just can't. But my mind, oh my mind, that, yes, can fly. But not a single word is wasted or squandered. All of them are necessary. Even he unnecessary make us learn. Make us grow up. So I become giant in before my eyes and small before others eyes. But how important are them when I am the giant before my eyes. Because words made me grow. Or the absense of them. Well but this is already another kind of words. Ana Reis




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